A Real Associação da Beira Interior, organizou no dia 11 de Dezembro, uma palestra subordinada ao tema “Natal Pagão e Natal Cristão”. O orador convidado foi o professor, teólogo, investigador e historiador Florentino Vicente Beirão, durante a palestra foram cantadas músicas por parte de Solange Sousa Branco, tendo como acompanhante na viola Tom Hamilton. No final da palestra Antónia Carvalho cantou o fado, sendo um poema da sua autoria.
Na Mesa estive o orador, o Presidente da União de Freguesias de Ninho do Açor e Sobral do Campo, António Marcelino e o Grande Secretário da Real Associação da Beira Interior, Rui Mateus.
Desde a Antiguidade o Império de Roma, festejava o Natal, uma Festa Pagã “Sol Invictos”, onde homenageavam o Sol (uma divindade da natureza), no Solstício de Inverno, altura em que o dia começa a crescer em relação à noite (as horas do dia começam a ser maiores até ao início do Verão), nesta Festa são acesas fogueiras, hábito utilizado na Beira Baixa com o tradicional Madeiro de Natal.
Mais tarde no Século IV com o Imperador de Roma, Constantino I, que oficializa o cristianismo no Império de Roma (com o Imperador Teodósio I, o cristianismo passa a ser religião única em todo o Império de Roma), o Natal também passa a ser uma Festa Cristã, sendo festeja o nascimento de Jesus de Nazaré (anteriormente os cristãos primitivos, festejam a Morte e Ressurreição de Cristo). O dia 24 e 25 de Dezembro, passa a ser a Festa de nascimento de Jesus Cristo (que provavelmente nasceu em outro mês, e certamente no ano 7 antes de Cristo).
Na Idade Média, no Século XIII, São Francisco de Assis cria o primeiro Presépio, conectado com a natureza, sendo o Menino Jesus o centro de tudo. Nesse Presépio está representado o Menino Jesus, a Nossa Senhora – Virgem Maria, o São José, a vaca, o burro, as ovelhas, os pastores, as lavadeiras, os anjos e os Reis Magos.
Com a Reforma Protestante no Século XVI – luteranismo, calvinismo e anglicanismo, o Natal perante as novas religiões, passa a ser uma Festa de segundo plano, tem desaparecido o Presépio pois inclui imagens rejeitas pelos protestantes e assim aparece a Árvore de Natal.
No Século XX, aparece nos Estados Unidos da América, a figura do Pai Natal (baseada no São Nicolau) com a coca-cola. A partir dos anos 50 do Século XX, o Natal começa a ser muito diversificado juntando o Natal Pagão – Natal Protestante – Natal Católico.
É de salientar o bacalhau, polvo, peru, filhós, rabanadas, bolo rei, …como iguarias da Festa do Natal.
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