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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

♔ | 19 DE JANEIRO DE 1919 - INÍCIO DA MONARQUIA DO NORTE

Há 104 anos, a 19 de Janeiro de 1919, no Monte Pedral, no Porto, numa cerimónia presidida pelo Coronel Henrique de Paiva Couceiro, deu-se o Acto Formal de Restauração da Monarquia Portuguesa:

‘Soldados!
Tendes diante de vós a Bandeira Azul e Branca!
Essas foram sempre as cores de Portugal, desde Afonso Henriques em Ourique, na defesa da nossa terra contra os moiros até Dom Manuel II mantendo contra os rebeldes africanos os nossos domínios em Magul, Coolela, Cuamato, e tantos outros combates que ilustraram as armas portuguesas.
Quando em 1910 Portugal abandonou o Azul e Branco, Portugal abandonou a sua história! E os povos que abandonam a sua história são povos que decaem e morrem.
Soldados! O Exército é, acima de tudo, a mais alta expressão da Pátria e, por isso mesmo, tem que sustentá-la e tem que guardá-la nas circunstâncias mais difíceis, acudindo na hora própria contra os perigos, sejam eles externos ou internos, que lhe ameacem a existência.
E abandonar a sua história é erro que mata!
Contra esse erro protesta, portanto o Exército, hasteando novamente a sua antiga Bandeira Azul e Branca.
Aponta-vos Ela os caminhos do Valor, da Lealdade e da Bravura, por onde os portugueses do passado conquistaram a grandeza e a fama que ainda hoje dignifica o Exército de Portugal perante as nações do Mundo!
Juremos segui-la, soldados! E ampará-la com o nosso corpo, mesmo à custa do próprio sangue! E com a ajuda de Deus, e com a força das nossas crenças tradicionais, que o Azul e Branco simbolizam, a nossa Pátria salvaremos!
Viva El-Rei D. Manuel II!
Viva o Exército! Viva a Pátria Portuguesa!‘

Às 13 horas do dia 19 de Janeiro de 1919, o Comandante Henrique de Paiva Couceiro, à frente de um milhar de soldados e algumas peças de artilharia, entra no Porto e Restaura a Monarquia Constitucional, na pessoa d’El-Rei Dom Manuel II, depositário de 771 anos de História de Portugal! A Monarquia é restaurada primeiro no Monte Pedral, no Porto, onde estavam reunidas em parada as tropas monárquicas, contingentes de Infantaria 6 e 18, de Cavalaria 9, de Artilharia 5 e 6, do grupo de metralhadoras, da Polícia e da Guarda Republicana, e ainda um pelotão de Cavalaria 11 diante de Paiva Couceiro, uniformizado de oficial de Artilharia, e, montando a cavalo. As forças ouvem a proclamação monárquica, lida por Satúrio Pires, fiel apoiante e grande amigo do Coronel Paiva Couceiro, e, depois, o alferes Calainho de Azevedo, de Cavalaria 9, desfralda a Bandeira Azul & Branca. Depois, em desfile as tropas seguiram pelas ruas do Porto até ao quartel-general onde estava o Governo Civil, na Praça da Batalha. Era tal a maré de gente a apoiá-los nas ruas que o automóvel onde seguia Paiva Couceiro só com muita dificuldade lá chegou. Aí, às 15 horas, foi lida por Baldaque de Guimarães uma nova Proclamação, arrolando as causas e os objectivos do movimento, assim como a atribuição a Paiva Couceiro da Regência do Reino em nome D’El-Rei Dom Manuel II de Portugal, após o que a banda da Guarda voltou a tocar o Hino da Carta ouvindo-se simultaneamente 21 tiros de salva do Quartel da Serra do Pilar. No fim, foi desfraldada a Bandeira Azul & Branca. A Junta Governativa do Reino, que ficou sob o comando do Comandante Henrique Mitchell de Paiva Couceiro, tomou posse às 17 horas, na sala de reuniões da Junta Geral do Distrito, perante a presença do representante da Diocese do Porto, reverendo D. Teófilo Salomão, que receberia o juramento dos membros. A comissão da Restauração declarou em vigor a Carta Constitucional e indicou como ministros da Junta Governativa do Reino: o Conde de Azevedo, o Visconde do Banho, o Coronel Silva Ramos, Luís de Magalhães e Sollari Allegro.

Gerou-se, imediatamente, uma grande manifestação popular espontânea de apoio à Restauração da Monarquia e, por toda a cidade, as bandeiras realistas azuis e brancas foram colocadas nas janelas, varandas e principais monumentos como na Torre dos Clérigos - que para o efeito foi escalada exteriormente por um intrépido rapaz de 20 anos, António Gonçalves Dias de Azevedo, a 21 de Fevereiro de 1919 -, no Palácio da Bolsa, etc.

O entusiasmo a Norte do país foi gigantesco! Todo o Norte e algumas povoações do centro aderiram à Monarquia: o Minho e grande parte da Beira eram completamente realistas. Em Viana do Castelo a adesão foi total. Duraria até 13 de Fevereiro de 1919.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica 

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