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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

♔ | 31 DE JANEIRO DE 1891 - QUANDO OS REPUBLICANOS NÃO PASSARAM

No dia 31 de Janeiro de 1891- assinalam-se 132 anos – falhou uma tentativa, perpetrada por uns traidores, de implantar um regime republicano em Portugal, a partir do Porto. Pela madrugada, principiou uma intentona liderada por uns pífios sargentos do Batalhão do Regimento de Caçadores n.° 9 – por isso o “31”, ficou mais conhecido pela “sargentada”, pois foi obra de Sargentos e soldados rasos.

A revolta teve início na madrugada do dia 31 de Janeiro, quando o Batalhão de Caçadores n.º 9, liderados por sargentos, se dirigem para o Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República, onde se encontra o Regimento de Infantaria 18 (R.I.18). Ainda antes de chegarem, junta-se ao grupo, o alferes Malheiro, perto da Cadeia da Relação; o Regimento de Infantaria 10, liderado pelo tenente Coelho; e uma companhia da Guarda Fiscal. Embora revoltado, o R.I.18, fica retido pelo coronel Meneses de Lencastre, que assim, mostrou a sua neutralidade no movimento revolucionário.

Os revoltosos desceram a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício dos Paços do Concelho do Porto, ouviram Alves da Veiga proclamar da varanda a Implantação da República – risos sonoros da nossa parte. Acompanhavam-no Felizardo Lima, o advogado António Claro, o Dr. Pais Pinto, o Abade de São Nicolau, o Actor Verdial, o chapeleiro Santos Silva, e outras figuras, uns e outras, claro, de somenos importância. Verdial leu a lista de nomes que iriam compor o governo provisório da República – novamente farta risada nossa - e que incluíam: Rodrigues de Freitas, professor; Joaquim Bernardo Soares, desembargador; José Maria Correia da Silva, general de divisão; Joaquim d'Azevedo e Albuquerque, lente da Academia; Morais e Caldas, professor; Pinto Leite, banqueiro; e José Ventura Santos Reis, médico. Alguns nem o sabiam!

Foi hasteada uma bandeira vermelha e verde, pertencente a um tal de Centro Democrático Federal. Ao contrário das representações pictóricas – claras fake news da época -, quase não teve adesão popular. Os revolucionários subiram a Rua de Santo António, em direcção à Praça da Batalha, com o objectivo de tomar a estação de Correios e Telégrafos, no entanto, o desmilinguido cortejo foi interceptado e barrado por um forte destacamento da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de Santo Ildefonso, no topo da rua. Os revoltosos dão dois tiros e a resposta é rápida: uma fuzilaria seguida de uma carga da Guarda Municipal arrefeceu-lhes os intentos. Em debandada, os revolucionários vermelho-rubro acabaram por se barricar, acobardados, no edifício da antiga Câmara Municipal onde começaram a disparar. Porém, a Guarda Municipal respondeu com o fogo da legitimidade e, acossados, os terroristas acabaram por se render ao Coronel Fernando de Magalhães e Menezes, que na qualidade de chefe do Estado Maior da 3.ª Divisão, com liderança exemplar e patriótica, sufocou a revolta republicana.

Alguns dos implicados conseguiram fugir para o estrangeiro: Alves da Veiga iludiu a vigilância e foi viver para Paris - parece que foi aí que começou a moda dos exílios dourados na capital francesa -; o Alferes Augusto Malheiro "emigrou" para o Brasil.

Os nomeados para o "Governo Provisório" trataram de esclarecer não terem dado autorização para o uso dos seus nomes. Rodrigues de Freitas, apesar de admitir ser republicano, esclareceu: "não autorizei ninguém a incluir o meu nome na lista do governo provisório, lida nos Paços do Concelho, no dia 31 de Janeiro, e deploro que um errado modo de encarar os negócios da nossa infeliz pátria levasse tantas pessoas a tal movimento revolucionário." Ou seja, aquilo não passou de uma tentativa de reivindicar um melhor pré travestido de revolução republicana. Os revoltosos que não foram passados pelo sabre da guarda durante o confronto foram julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios, ao largo de Leixões: o paquete Moçambique, o transporte Índia e a corveta Bartolomeu Dias.

No Porto a república não passou; venceu a legitimidade.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica 

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