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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 1 de janeiro de 2023

♔ | DO PODER REAL

‘Do significado nacional, histórico e não político da instituição Dinástica, deduz-se o que deva e não deva ser próprio das funções do Rei, isto é, do âmbito do seu poder ativo e direto.

Não governa mas olha pelos Governos e, por isso, supremo intérprete do sentimento e do interesse da Nação, nomeia-os e demite-os na devida oportunidade.

Poder por natureza independente e supra-político, deixa ao país a livre escolha e aplicação dos métodos políticos na administração do Estado; fiador da liberdade popular, faz respeitar essas primeiras liberdades cívicas; guarda os direitos das minorias governadas, contendo a maioria governante nos limites da legalidade constitucional; assegura a possibilidade permanente de fiscalização e de crítica dos atos governativos; denominador comum, vela pela igualdade de todos os direitos e na justiça social; poder paternal, congrega, harmoniza e arbitra os dissídios da grei. E mais, e especialmente, separa o que é nacional do que é político; preserva do domínio político as instituições de índole puramente nacional e anti-política. Neste caso as Forças Armadas, a Justiça e a Diplomacia.

As Forças Armadas nacionais em primeiro lugar. Em boa ética nunca estas deverão subordinar-se a um mando de significado político sob pena de correrem o risco, sempre imanente, de passarem ao serviço da política ou de serem elas mesmas transformadas em meras forças políticas. A defesa da Pátria é uma coisa e a defesa política dos governos, outra.

As Forças Armadas nacionais pedem uma chefia nacional e só nacional. Independentes do jogo político, requerem uma chefia independente e não política. Com estas características, que outra senão a chefia real?

O exemplo notório do Almirantado britânico merece a este propósito uma justa atenção.

A Inglaterra, sempre tão ciosa e tão absorvida pelos domínios do político, teve o bom senso e a inteligência de preservar as suas Forças Armadas, que é como quem diz, a representativa Royal Navy, das dependências ou influências políticas. A chefia real confere ao Almirantado a autonomia em relação aos Governos, que o isenta das ingerências político-partidárias, quer na estrutura dos seus serviços, quer na designação de comandos ou nas promoções e nomeações, o que tudo se cifra na maior eficiência e no fortalecimento moral dos seus quadros.’

MÁRIO SARAIVA (Guimarães, 12 de Maio de 1910 - Cadaval, Vilar, 28 de Maio de 1998), excerto Décimo quinto capítulo de “Razões Reais”, Lisboa, Universitária Editora (3ª ed. revista e aumentada), 2002 | Historiador, escritor, político e médico português. Monárquico interventivo desde cedo, exerceu diversos cargos directivos no movimento monárquico, como o de presidente da Junta Distrital de Lisboa da Causa Monárquica e membro da sua Comissão Doutrinária

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