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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

EM 10 DE JANEIRO DE 1925 MORRIA O POETA ANTÓNIO SARDINHA


"Nós não somos patriotas por sermos monárquicos. Somos antes monárquicos por sermos patriotas"

António Sardinha, de seu nome António Maria de Sousa Sardinha, *Monforte, 9 de Setembro de 1887 — †Elvas, 10 de Janeiro de 1925, foi um político, historiador e poeta português. Destacou-se como ensaísta, polemista e doutrinador, produzindo uma obra que se afirmou como a principal referência doutrinária do Integralismo Lusitano. A sua defesa da instauração de uma monarquia tradicional - orgânica, anti-parlamentar ou anticonstitucional e antiliberal, serviu de inspiração a uma influente corrente do pensamento político português da primeira metade do século XX. Apesar de ter falecido prematuramente, conseguiu afirmar-se como referência incontornável dos monárquicos que recusaram condescender com Salazar.
Afirmando-se Monárquico e Patriota, dizia:
"Nós não somos patriotas por sermos monárquicos. Somos antes monárquicos por sermos patriotas".
Seus principais inspiradores, ou “pais espirituais”, de acordo com o pensador e político espanhol Ramiro de Maeztu, foram Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, Fialho d´Almeida e, “um pouco mais atrás”, Oliveira Martins, Antero de Quental e Camilo Castelo Branco, todos eles “patriotas, tão saturados da grandeza do Reino de Portugal no passado como desesperados de sua pequenez contemporânea.



Biografia:
António Sardinha foi um adversário da Monarquia da Carta (1834-1910) chegando, no tempo de estudante na Universidade de Coimbra, a defender a implantação de uma república em Portugal. Depois de 5 de Outubro de 1910, durante a Primeira República ficou profundamente desiludido com ela e acabou por se converter ao ideário realista da monarquia orgânica, tradicionalista, anti-parlamentar do "Integralismo Lusitano", de que foi um dos mais destacados defensores.
Em 1911 já estava formado em Direito pela respectiva universidade e no final do ano de 1912, escrevia a comunicar a sua «conversão à Monarquia e ao Catolicismo — "as únicas limitações que o homem, sem perda de dignidade e orgulho, pode ainda aceitar". E abençoava "esta República trágico-cómica que (o vacinara) a tempo pela lição da experiência...".
Imediatamente juntou-se a Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz (2º Conde de Monsaraz), Luís de Almeida Braga e Pequito Rebelo, para fundar a revista Nação Portuguesa, publicação de filosofia política, a partir da qual foi lançado o referido movimento monárquico do Integralismo Lusitano.
António Sardinha, de acordo com Fernando de Aguiar, fora trazido por Hipólito Raposo “à conversão, à Fé, à Tradição, ao municipalismo donde caminharia para a Monarquia, popular e descentralizadora, realenga e representativa dos povos”.
A lusitana antiga liberdade do verso de Luís de Camões era uma referência dos integralistas, tendo no municipalismo e no sindicalismo duas palavras-chave de um ideário político que não dispensava o Rei, entendido como o Procurador do Povo e o melhor garante e defensor da liberdade.
António Sardinha era anti-maçónico e anti-iberista, em 1915, tendo feito na Liga Naval de Lisboa uma conferência onde alertava para o perigo de uma absorção de Portugal por Espanha. Em vez da fusão dos estados desses dois países, propunha uma forte liga entre todos os povos hispânicos, a lançar por intermédio de uma aliança entre eles, reconduzidos à monarquia. A Aliança Peninsular seria, na sua perspectiva, o ponto de partida para a constituição de uma ampla Comunidade Hispânica (dos povos de língua portuguesa e espanhola), a base mais firme onde assentaria a sobrevivência da civilização ocidental.
Durante o breve consulado de Sidónio Pais, foi eleito deputado na lista monárquica.
Após o assassinato desse presidente da República, em 1919, exilou-se em Espanha após participar na fracassada tentativa restauracionista de Monsanto e na Monarquia do Norte.
Ao regressar a Portugal, 27 meses depois, tornou-se director do diário "A Monarquia". Também colaborou no quinzenário "A Farça" (1909-1910), na revista "Homens Livres" (1923) e, ainda, na revista "Lusitânia" (1924-1927) até ao ano da sua morte.
António Sardinha morreu jovem, com apenas 37 anos.
Homenagem:
Em 1927 a Câmara Municipal de Elvas promoveu, em honra da memória de António Sardinha, a instalação de uma lápide inscrustada no Aqueduto da Amoreira, desenhada pelo arquitecto Raúl Lino com a inscrição: "A António Sardinha, bom Português, pelo muito que amou e serviu Elvas".
Obras:
Auxiliado por Eugénio de Castro, publicou os primeiros poemas quando tinha apenas 15 anos.
Obras poéticas, entre outras:
Tronco Reverdecido (1910)
Epopeia da Planície (1915)
Quando as Nascentes Despertam (1821)
Na Corte da Saudade (1922)
Chuva da Tarde (1923)
Era uma Vez um Menino (1926)
O Roubo da Europa (1931)
Pequena Casa Lusitana (1937)
Estudos e Ensaios, entre outros:
O Valor da Raça (1915)
O pan-hispanismo (1922)[19]
Ao Princípio Era o Verbo (1924)*
A Aliança Peninsular (1924)
A Teoria das Cortes Gerais (1924),
Ao Ritmo da Ampulheta (1925)
A Aliança Peninsular (1925)
Na feira dos mitos (1926)
Glossário dos tempos (1942)
À lareira de Castela (1943)
*A Grandeza dos Nossos “Maiores”
“O que se nos impõe é restituir à Pátria o sentimento da sua grandeza – não duma grandeza retórica ou enfática, mas naturalmente da grandeza que se desprende da vocação superior que a Portugal pertence dentro do plano providencial de Deus, como nação ungida para a dilatação da Fé e do Império. Dilatar a Fé e o Império, equivale a sustentar o guião despedaçado da Civilização.
Os motivos de luta e de apostolado que outrora nos levavam à Cruzada e à Navegação, esses motivos subsistem”
*António Sardinha em “Ao Princípio era o Verbo”
(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, Estudos Portugueses, Raquel Guedes e Wikipédia)

HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro

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