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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

🎼 | O HINO NACIONAL É INALTERÁVEL

Caso único, nada é mais agregador dos portugueses que o nosso fabuloso Hino Nacional: nele está plasmada toda a Alma de um Povo. A música, o ritmo, o simbolismo das palavras é absolutamente perfeito, inteiro, completo e definidor.

A sua própria história confirma-o como o Hino de todos - sejam novos, velhos, republicanos ou Monárquicos -; celebra os nossos valores e o nosso orgulho enquanto Portugueses.

Foi num jantar de amigos de frequentadores da Tabacaria Costa e da editora Neuparth, em Lisboa, que surgiu a ideia de compor ‘A Portugueza’.

Augusto Neuparth, o Duque de Palmela, Rafael Bordalo Pinheiro, Sebastião de Magalhães Lima e Teófilo Braga instigaram um outro comensal, o músico Alfredo Keil a escrever uma marcha patriótica alinhada com a onda de indignação nacional causada pelo Ultimato britânico que defendia o abandono das possessões portuguesas em África no território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola, incluídos no denominado ‘Mapa cor-de-rosa’. À música, que terá sido escrita na noite de 12 de Janeiro desse ano, juntou-se a epopeica letra, redigida nos finais do mesmo mês, por Henrique Lopes de Mendonça.

O poeta afirmava que ‘A Portugueza’ pretendia ser um ‘canto em que se consubstanciasse a alma da pátria ferida, com as suas aspirações de liberdade e de revivescência vigorosa’ e um hino que pudesse ser rapidamente aprendido pelo povo e adotado ‘como um caso de reivindicação nacional’. Sentimento presente também nas referências musicais de Keil: a Marselhesa, o fado e o Hino da Maria da Fonte.

No mês seguinte a marcha era editada pela Neuparth & C.ª, com distribuição gratuita, imprimindo-se e distribuindo-se 12.000 folhetos da mesma, começando a ser tocada e cantada no Teatro da Rua dos Condes e em outros teatros da capital, em favor da ‘Grande Subscrição Nacional a favor da Defesa do País’.

Com uma 2ª edição de mais 22.000 exemplares vendidos, a 29 de Março de 1890, no ‘Grande Concerto Patriótico’ realizado no Teatro de São Carlos a favor da ‘Grande Subscrição Nacional’, a marcha é executada, com pompa e circunstância, com uma melodia bastante operática.

Erroneamente há quem diga que onde está ‘contra os canhões’, escrevia-se ‘contra os bretões’, ou seja, os britânicos; ora a versão original foi sempre a primeira, ou seja, ‘contra os canhões’, sendo que a segunda surgiu de patriotas pós-1890. Nos exemplares impressos em 1890, consta ‘contra os canhões’ e a revista ‘O Occidente – Revista Illustrada de Portugal e do Extrangeiro’, de 21 de Março de 1890 (isto é, publicada pouco depois da composição do hino), contém em suplemento ‘A Portuguesa’, com a redacção ‘contra os canhões’.

Mais tarde, já na I República, na primeira sessão da Assembleia Nacional Constituinte, realizada a 19 de Junho de 1911, ‘A Portuguesa’ é consagrada como Hino Nacional.

Em 1956, coexistiam várias versões musicais do hino, não só na linha melódica, mas também nas instrumentações, especialmente para banda, pelo que o governo nomeou uma comissão encarregada de estudar uma versão oficial de ‘A Portuguesa’. Essa comissão elaborou uma proposta que seria aprovada em Conselho de Ministros de 16 de Julho de 1957, publicada no Diário do Governo, 1ª série, n.º 199, de 4 de Setembro de 1957, ganhando a versão definitiva, mantendo-se o hino inalterado deste então. Em consequência, foi elaborada a versão para grande orquestra sinfónica, da autoria de Frederico de Freitas, e, a partir desta, a versão para grande banda marcial, pelo major Lourenço Alves Ribeiro, inspetor das bandas militares.

A Portuguesa

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

O hino é composto por três partes, cada uma delas com duas quadras (estrofes de quatro versos), seguidas do refrão, uma quintilha (estrofe de cinco versos).

É de salientar que, das três partes do hino, apenas a primeira parte é usada em cerimónias oficiais, sendo as outras duas partes praticamente desconhecidas.

A Portuguesa é executada oficialmente em cerimónias nacionais, civis e militares, onde é prestada homenagem à Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República. Do mesmo modo, em cerimónias oficiais no território português por recepção de chefes de Estado estrangeiros, a sua execução é obrigatória depois de ouvido o hino do país representado.

A Portuguesa foi designada como um dos símbolos nacionais de Portugal na constituição de 1976, constando no artigo 11.°, n.º 2, da Constituição da República Portuguesa (Símbolos nacionais e língua oficial): ‘2. O Hino Nacional é A Portuguesa.’

Que orgulho!
Viva Portugal!

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

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