Nascida em Évora a 21 de Fevereiro de 1397, filha do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre, era irmã, entre outros, do Infante D. Henrique, de Pedro, Duque de Coimbra, e de D. Duarte, rei de Portugal, sucessor de João I. Isabel foi o sétimo parto da rainha Filipa de Lencastre e era a única menina daquela ilustre geração. Em 1428, Filipe III, o Bom, duque de Borgonha, conde de Flandres e senhor de outros vastos domínios, enviou a Portugal uma embaixada para pedir a infanta em casamento. Filipe fora já casado duas vezes, com Michèle de França e Bonne de Artois, mas nenhuma lhe dera filhos. Isabel de Portugal assegurava uma maior proximidade com a Casa de Lancaster, com a Inglaterra, o que convinha ao duque para enfrentar Carlos VII de França. O casamento com o conde da Flandres e duque da Borgonha efectuou-se em 1429. Foi por ocasião deste mesmo casamento que o pintor Jan van Eyck se deslocou a Lisboa para pintar o retrato da infanta, na embaixada encarregue de ultimar os preparativos para o consórcio. A Ordem do Tosão de Ouro foi fundada pelo duque em comemoração dos seus esponsais com D. Isabel, rodeados por grandes festejos na cerimónia religiosa em Écluse.
Administrou sabiamente as possessões do seu marido quando este se encontrava ausente. O duque delegou-lhe progressivamente as suas responsabilidades políticas, tendo D. Isabel tomado parte na Conferência das Gravelinas, em 1439 e no Congresso de Arras, em 1435, entre outros.
Foi por seu intermédio que os Açores se tornaram residência de inúmeras pessoas de origem flamenga.
Nasceu deste casamento o último duque da Borgonha, Carlos.
Faleceu em 1473, em Dijon, encontrando-se a sua sepultura no Convento da Cartuxa desta mesma cidade.
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