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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

♚ | A DOR DA RAINHA D. AMÉLIA


Com o atentado de 1 de Fevereiro de 1908 que pôs termo prematuro à vida de Sua Majestade El-Rei o Senhor Dom Carlos I de Portugal de 44 anos e do Príncipe Real o Senhor Dom Luís Filipe de Bragança de 20 anos, respectivamente augusto marido e dilecto filho da Rainha Senhora Dona Amélia, mesmo com a desmedida dor que experimentava, o novo Rei Dom Manuel II não podia deixar de se preocupar e desassossegar com o sofrimento de Sua Mãe, a Rainha, que perdera em simultâneo e de forma tão vil o Filho e o Marido! Que tamanha e insuperável dor, essa!!!!

A Rainha Senhora Dona Amélia registou essa mesma dor e mágoa no seu Diário:

‘Lisboa, Palácio das Necessidades, sábado, 1 de Fevereiro de 1908.

Escrever. Escrever para não gritar. Para não perder a razão - sim, para não perder a razão. Para expulsar, por um instante que seja, as terríveis imagens deste dia, e suportar o longo horror desta noite, a primeira de todas as que estão para vir.
Escrevo para mim. Escrevo para não enlouquecer, (...) mas a rainha de Portugal não se entrega à loucura. Ela cumpre o seu dever, ou morre como morreu hoje o rei de Portugal, D. Carlos I, como morreu hoje o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, como ela própria deveria ter morrido sob as balas dos assassinos.
Meu Deus, porque permitiste que matassem o meu filho? Protegi-o com todo o meu corpo, expus-me aos tiros, quis desesperadamente que eles me trespassassem a mim. E bastou uma única bala para destruir o rosto do meu filho.
A dor cobriu tudo. Esvaziou-me o Espírito. As recordações desapareceram, estou incapaz de chorar. Inerte.
Preciso de continuar a escrever até que o dia rompa, em vez de deixar que os pesadelos me invadam num sono inquieto. É preciso descrever a realidade, mais cruel do que o pior dos pesadelos.’

Excerto do ‘Diário da Rainha D. Amélia de Orléans e Bragança’

| Plataforma de Cidadania Monárquica

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