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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 12 de fevereiro de 2023

A TOMADA DA GUIANA FRANCESA POR DOM JOÃO VI

Colónia de Caiena e Guiana foi uma unidade administrativa da América portuguesa. A invasão da Guiana Francesa ocorre no contexto da Guerra Peninsular, quando o então Príncipe-Regente D. João, em represália pela Primeira invasão francesa de Portugal (1807), ordenou a invasão da Guiana Francesa em 1809.

A invasão da Guiana Francesa foi uma operação militar conjunta por uma força expedicionária da Inglaterra e do governo português estabelecido no Brasil contra Caiena, capital da colónia sul-americana francesa em 1809, durante as guerras Napoleônicas. A operação fez parte de uma série de ataques contra os territórios franceses na América durante 1809, após a Campanha das Guianas. Devido a compromissos em outros lugares, a Marinha Britanica não conseguiu enviar forças substanciais para atacar o porto fluvial fortificado. Em vez disso, os recursos foram direcionados para o governo Português, que tinha sido expulso de Portugal no ano anterior durante a Guerra Peninsular , transferindo sua sede para o Brasil. Em troca do fornecimento de tropas e meios de transporte para a operação, os ingleses garantiram apoiar e reconhecer a soberania portuguesa sobre a Guiana Francesa.

Um dos objetivos estratégicos da campanha era redefinir a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa de acordo com o tratado de Utrecht, devolvendo-a ao rio Oiapoque, anulando o estabelecido nos tratados de Paris (1797), Badajoz e Madrid (1801) e mesmo em Amiens (1802).

A contribuição britânica foi pequena, tendo enviado somente o navio de guerra HMS Confiance (1808). O Confiance, porém, tinha uma equipe altamente eficaz e um capitão experiente, James Lucas, que foi o comandante de toda a expedição. O contingente Português mais substancial consistia de 700 soldados regulares do exercito colonial do Brasil, liderados pelo tenente general Manuel Marques , 550 soldados regulares da infantaria naval da Marinha colonial do Brasil e vários navios de guerra para agir como transportes e prestar apoio de artilharia em mar.

Por terra foram enviados 700 homens vindos do Pará comandados pelo tenente-general Manuel Marques, enquanto que pelo mar eram apoiados pela esquadra da Marinha Britanica, comandada por James Lucas Yeo, chefe das forças navais, a bordo da fragata Confiance com 26 peças de artilharia, enviada do Rio de Janeiro, junto com os briguesVoador (com 18 peças, comandado porJosé Antonio Salgado) e Infante D. Pedro (com 18 peças comandada porLuis da Cunha Moreira), a escuna General Magalhães com 12 peças e os cuteres Vingança e Leão, comandados pelo tenente Manuel Luis de Melo. Os fuzileiros estavam sob o comando de Luís da Cunha Moreira, mais tarde visconde de Cabo Frio e primeiro ministro da Marinha do Imperio do Brasil.

Os defensores franceses foram enfraquecidos por anos de bloqueio e só conseguiram reunir 400 da infantaria regular e 800 da milícia não confiável, formado em parte da população negra livre do território. Como uma resistência o resultado foi inconsistente e apesar das fortificações fortes de Caiena, o território caiu dentro de uma semana.

O primeiro combate foi travado em15 de dezembro, às margens do rio Aproak quando duas embarcações francesas foram apreendidas. Algumas semanas depois as tropas inglesas e portuguesas partiram para conquistar as principais fortificações francesas no rio Maroni.

Em 6 de janeiro de 1809 o forte Diamant foi conquistado, no dia seguinte o forte Dégrad de Cannes e no subsequente oforte Trió, todos na ilha de Caiena.

A tropa sitiou a capital, Caiena, cujo governador Victor Hughes se rendeu sem resistência, em 12 de Janeiro de1809, assinando em Bourda a rendição. A Guiana passou a ser administrada por João Severiano Maciiel da Costa, depois marquês de Queluz, com a designação de Colônia de Caiena e Guiana.

Este conflito é considerado como "batismo de fogo" do corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.

Em 1814, com a derrota de Napoleão, a posse da colônia voltou a ser reivindicada pelo governo francês, agora sob o domínio de Luís XVIII. Porém os termos da proposta francesa não foram aceitos por D. João VI e a questão passou a ser discutida pelo Congresso de Viena no ano seguinte. Nessas negociações, a França concordou em recuar os limites de sua colônia até a divisa proposta pelo Governo português, fixando a fronteira entre os dois territórios.

Entretanto, somente em 21 de novembro de 1817, como resultado do Congresso de Viena, os portugueses deixaram Caiena com a assinatura de um convênio entre a França e o novo Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em 1814, com a derrota de Napoleão, a posse da colónia voltou a ser reivindicada pelo governo francês, agora sob o domínio de Luís XVIII. Porém os termos da proposta francesa não foram aceitos por D. João VI e a questão passou a ser discutida pelo Congresso de Viena no ano seguinte. Nessas negociações, a França concordou em recuar os limites de sua colônia até a divisa proposta pelo Governo português, fixando a fronteira entre os dois territórios.

Entretanto, somente em 21 de novembro de 1817, como resultado do Congresso de Viena, os portugueses deixaram Caiena com a assinatura de um convênio entre a França e o novo Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

João Severiano passou o governo ao conde Carra de Saint-Cyr, general de Luís XVIII.

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