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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 17 de março de 2023

A 14 DE MARÇO DE 1319 ERA FUNDADA A ORDEM DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO


 14 de Março de 1319 – Fundação da Ordem de Cristo pela bula “Ad ea ex quibus cultus augeatur”, do Papa João XXII.

A bula foi feita a pedido do rei D. Dinis, dando para residência da Ordem a vila de Castro Marim, e tendo-lhe aplicado todos os rendimentos, jurisdições e regalias que gozava a Ordem dos Templários, extinta por Clemente V.

Na imagem, a Bula “Ad ea ex quibus cultus augeatur” do Papa João XXII pela qual instituiu a Ordem de Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo, do acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Gavetas, Gav. 7, mç. 5, n.º 2).

FUNDAÇÃO DA ORDEM DE CRISTO

A 14 de Março 1319 era criada a Ordem de Cristo ou Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O papa João XXII, pela bula Ad ea exquibus cultus augeatur divinus, promulgada em Avinhão a 14 de Março de 1319, ordenou (e “confirmou”) a fundação de uma nova Ordem de Cavalaria, a agora denominada Ordem da Milícia de Jesus Cristo ou Ordem dos Cavaleiros de Cristo, sendo os seus cavaleiros denominados Cavaleiros de Cristo (Milites Christi), ou melhor, “Nova Cavalaria da Milícia de Jesus Cristo”, e sendo para ela transferidos os bens da Ordem do Templo.
Esta Ordem de Cristo mais não era senão a antiga Ordem do Templo ressuscitada. No livro III de Doacções de D. Dinis consta a divisão em comendas que fez então dos domínios pertencentes aos cavaleiros de Cristo.
O rei D. Dinis reconduziu os templários aos seus postos, na agora chamada ORDEM DE CRISTO, que não era uma Ordem propriamente dita, mas a mesma ORDEM TEMPLÁRIA baptizada com outro nome, aliás, já patente no prólogo da Regra em Troyes, sob a forma Miles Christi, ou seja, Milícia de Cristo.
O anterior símbolo da cruz vermelha templária com as pontas côncavas nas bordas passou a ser uma cruz com linhas paralelas retas.
A Ordem do Cristo, foi a herdeira das propriedades e privilégios da Ordem do Templo, cuja sede foi em Tomar e o primeiro Mestre foi Gil Martins, e teve um papel fulcral durante a expansão Portuguesa entre os séc. XV e XVI, representada nas naus.
Os mestres mais célebres que envergaram foram o Infante D. Henrique em 1420, o Infante D. Fernando, Duque de Viseu, e os filhos D. João e D. Diogo, o rei D. Afonso V e por fim o rei D. Manuel, que até aos dias de hoje a Ordem é representada pelos Chefes de Estado.
Foi reformulada várias vezes ao longo do tempo, primeiro por D. João III, depois por D. Maria I. Com a extinção das ordens militares e religiosas, em 1834 a Ordem foi extinta, mas D. Maria II constituiu-a em ordem honorífica.
Com a República, foi outra vez extinta, onde foi outra vez reformulada em 1918 e a partir daí é “destinada a premiar os serviços relevantes de nacionais ou estrangeiros prestados ao país ou à humanidade, tanto militares como civis”.

Hoje podemos ver este símbolo em monumentos, pinturas, peças de ourivesaria, bandeiras, na marinha, exército e aviação.

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