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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 14 de março de 2023

EM 12 DE MARÇO DE 1514 CHEGAVA A ROMA A EMBAIXADA DO REI D. MANUEL I AO PAPA LEÃO X

Constituída numa altura em que Portugal era nação pioneira em diversos domínios e rica do comércio com outros continentes, a faustosa embaixada de D. Manuel I à Santa Sé chegou a Roma em 1514. Tinha como objectivo reiterar a obediência do soberano português ao papa Leão X e, ao mesmo tempo, apresentar-lhe certas propostas, que se podiam reunir em dois grupos: as de carácter geral, no sentido do fortalecimento doutrinário e institucional da Igreja Católica, e aquelas que, sem deixarem de estar relacionadas com as instituições religiosas, tinham a ver com aspetos específicos da orientação política de D. Manuel.

A embaixada era composta por mais de cem pessoas. Era chefiada por Tristão da Cunha, nomeado em 1505 primeiro governador da Índia. Como seus assessores iam Diogo de Pacheco e João de Faria, sendo o secretário Garcia de Resende.

Através dos seus representantes, D. Manuel enviou a Leão X presentes magníficos: pedrarias, tecidos e joias, bem como um cavalo persa, uma onça de caça e um elefante que executava diversas habilidades. Hanno, o elefante, carregava um cofre com paramentos bordados com pedras preciosas e moedas cunhadas para a ocasião.

Foi recebido pelo Papa no Castelo de São Ângelo. Ajoelhou-se três vezes perante o pontífice, e aspergiu água sobre os cardeais e a multidão. A embaixada fez sensação na corte pontificial, tanto pela sumptuosidade dos trajos e riqueza dos presentes, como pelo exotismo do séquito que passava pelas ruas de Roma a 12 de Março de 1514, dia em que foi recebida por vários embaixadores. O papa recebeu-a a 20 de Março, tendo sido mais tarde discutidas as questões apresentadas pelo monarca português.

Apesar de os chamados “pontos gerais” não terem sido atendidos, aqueles que interessavam mais a D. Manuel foram considerados e satisfeitos, sendo a sua obra na propagação da fé católica largamente recompensada através de diversas bulas e breves que se sucederam após o envio da embaixada.Esta iniciativa diplomática atingiu, assim, os principais objetivos que o monarca lhe tinha estabelecido. Afirmou de forma clara o seu poderio, vendo D. Manuel reconhecido o papel de Portugal na descoberta e conquista de novos territórios e a sua soberania sobre eles.

 

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