As damas em questão viram-se na necessidade de pedir ajuda a amigos e parentes, tendo todos eles recusado a ajuda. Já não sabendo mais o que fazer decidiram pedir ajuda e conselho ao Duque de Lencastre que tinha combatido pelos portugueses contra o reino de Castela e conhecia bem os portugueses. Assim este indicou-lhe doze Cavaleiros lusitanos capazes de defender a honra das referidas Damas.
Logo que tiveram conhecimento do possível apoio, cada uma das Damas escreveu a cada um dos doze cavaleiros portugueses e até ao rei D. João I de Portugal. Junto com as cartas chegou também o pedido do duque de Lencastre.
Mediante o escrito nas cartas toda a corte se sentiu ofendida, e visto que o povo português era um povo cavalheiro e defensor da honra, logo se deu a partida dos Doze para Inglaterra.
Onze dos Cavaleiros terão seguido por mar, mas o mais valente de todos, conhecido como “O Magriço”, decidiu seguir no seu cavalo por terra para “conhecer terras e águas estranhas, várias gentes e leis e várias manhas”, garantindo no entanto que estaria presente no local e na data certa.
Acontece que, quando chegou o dia do torneio “o Magriço” não estava presente para desespero dos seus companheiros que se viam reduzidos a onze cavaleiros contra os doze cavaleiros de Inglaterra.
As damas estavam já vestidas de preto, visto que toda uma hora se estava a perder. Mas no último momento e para alegria dos seus companheiros “o Magriço” apareceu e o combate foi travado com glória para os portugueses que ganharam o confronto.
Depois de terminadas as contendas foram recebidos pelo duque de Lencastre no seu palácio que lhes ofereceu muitas festas e honras como prova de apreço e gratidão.
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