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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 13 de março de 2023

«OS LUSÍADAS»

Há 451 anos, no 12 de Março de 1572, é publicada a obra portuguesa mais conhecida: Os Lusíadas.
Um dos 34 valiosos exemplares ainda existentes encontra-se na cidade do Rio de Janeiro.
O poema épico de Luís de Camões, escrito numa época em que Portugal e Espanha dividiam o mundo, constitui não só a exaltação dos feitos dos portugueses, mas também a elevação da língua pátria – o português. A epopeia marítima publicada 70 anos depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, dedicada a D. Sebastião, imortaliza os momentos marcantes da História de Portugal, segundo as regras e convenções da epopeia clássica, que Camões enriquece com o seu imenso saber e requintada criatividade, como quando coloca os heróis portugueses em confronto com os deuses, atribuindo-lhes uma condição divina. Uma característica fundamental do poema é de resto a existência de um herói colectivo – o povo português, – o «peito ilustre lusitano». Dividido em dez cantos, o poema épico de Luís de Camões é internacionalmente reconhecido como uma obra-prima e está traduzido em várias línguas, do chinês ao russo.



Passam 451 anos desde a publicação de "Os Lusíadas":

“Esse poema [Os Lusíadas] ficou como o nosso principal monumento literário, uma espécie de Bíblia nacional, que foi em várias épocas, lido e ensinado nas escolas (…) e que ficou, sobretudo, como o padrão de glórias passadas, a meu ver, talvez, injustamente. Não podemos ver em “Os Lusíadas”, propriamente, a parte fúnebre, i.e., “Os Lusíadas” não são o sarcófago, mas sim a corrente de vida que nele existe.

Não devemos ver em “Os Lusíadas” aquilo que nós fomos, mas aquilo que somos permanentemente. Não as coisas que o português fez, mas sim a própria acção que o português tem desenvolvido, de formas diferentes, conforme as épocas: uma acção guerreira e colonizadora, na época própria, na época das conquistas e expansão da Europa, e também uma acção que pode continuar a manifestar-se em circunstancias diferentes, sem ser guerreia e sem ser conquistadora, como é próprio da nossa época. É o próprio fluir da vida portuguesa, que parece que deve ser captado em “Os Lusíadas.”

(António José Saraiva fala sobre Camões no Convento de Cristo (1978))

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