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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 5 de março de 2023

OS NOVE CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

A história dos Templários começa com nove cavaleiros, filhos segundos de senhores feudais, que juntaram forças para proteger os peregrinos europeus das agressões dos sarracenos durante as visitas aos lugares sagrados no reino de Jerusalém. O espírito das Cruzadas contra os infiéis dominava toda a Europa nos séculos XI e XII, e estes nobres guerreiros chefiados por Hugues de Payns, estavam dispostos a morrer para salvar a Igreja.

Seguindo o exemplo dos monges tradicionais, decidiram abraçar a vida religiosa com votos de pobreza, obediência e castidade, fundando a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo. Porém, como a caridade não providenciava toda a logística necessária na proteção dos peregrinos, aceitaram de bom grado donativos reais. Do rei Balduíno II, receberam os cavaleiros a sua nova morada, um espaço real construído sobre as ruínas do Templo de Salomão.

Conhecidos a partir daqui como os cavaleiros do Templo, conseguiram com a ajuda do monge francês Bernardo de Claraval, um incansável apoiante da causa dos monges-guerreiros, a benção do Papa em 1120. Nove anos depois, a primeira Ordem militar da história, aquela que tinha assumido a missão de defender os reinos cristãos da Terra Santa e da Europa, seria aprovada no Concílio de Troyes.

Por esta altura, as muitas vitórias somadas na luta contra os infiéis, bem como a imensa riqueza que geriam com sucesso e a fama de banqueiros íntegros, criaram à volta dos Templários uma lenda em toda a cristandade ocidental. Servidores fiéis, cumpridores de uma rigorosa disciplina religiosa e exímios soldados, os Templários gozavam de grande prestígio quando entraram em terras lusas para auxiliar D. Afonso Henriques na formação do reino de Portugal.

Recompensados com generosas doações pelas façanhas militares, como a tomada de Santarém aos mouros, os templários ficaram proprietários de vastos territórios, onde promoveram o povoamento e edificaram várias fortalezas.

No Castelo de Soure, doado por D. Teresa, estabeleceram a primeira sede, mas com os avanços da reconquista transferiram para Tomar, o novo centro estratégico do reino, a sua casa-mãe, até à data da extinção dos Templários, em 1312. 


Convento de Cristo, em Tomar


GUALDIM PAIS E A FUNDAÇÃO DA CIDADE DE TOMAR

Em 1160, D. Gualdim Pais fundou no alto do morro que fica em frente à antiga Sélio, situado próximo das margens do rio Nabão, o castelo que havia de ser a sede da Milícia, assim como a vila que viria a chamar-se Tomar, nome tomado da denominação que os Árabes davam ao rio.

Gualdim Pais fora um antigo companheiro de armas de D. Afonso Henriques, tendo, aos 21 anos, participado na batalha de Ourique, onde foi armado cavaleiro. Partiu de seguida como cruzado para a Palestina, onde se distinguiu na importante batalha de Áscalon e na tomada de Sídon.

Teria estado no cerco de Gaza e realizado prodígios lendários. Na Terra Santa ingressou na Ordem do Templo, onde os seus méritos o fizeram ascender aos altos cargos da hierarquia templária. Inspirado no espírito interno da Ordem e compenetrado da sua dupla missão, material e espiritual, regressou como monge-guerreiro a Portugal, tendo sido nomeado comendador em Braga e depois em Sintra, sob o mestrado de D. Pedro Arnaldo. Quando este renunciou, em 1157, Gualdim Pais tornou-se mestre da Ordem do Templo em Portugal.

D. Afonso Henriques tinha um profundo apreço pelo Mestre da Ordem e não foi por mero acaso que em 1157 fez doação de muitos bens a Gualdim Pais, passando no ano seguinte a carta de imunidade para a Ordem do Templo.

Assim, entre as vastas terras que possuía conta-se Ceras, junto à antiga Nabância, com todo o seu vasto termo, desde o Mondego ao Tejo, correndo pela linha do Zêzere. Como o castelo de Ceras, próximo de Tomar, estava arruinado, Gualdim Pais optou pela edificação de uma nova fortaleza em Tomar. Ali projectou instalar a sede principal da Ordem, até então em Braga. Foi a 1 de Março de 1160 que Gualdim lançou a primeira pedra para a construção do castelo de Tomar, futura sede da Ordem do Templo em Portugal.


"Um Templário é um cavaleiro invencível, ele é guardado por todos os lados, pois sua alma é protegida pela armadura da fé assim como seu corpo é protegido pela armadura de aço, portanto ele é duplamente blindado não devendo temer nem a demónios nem a homens".

São Bernado de Claraval

☩Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo Da Gloriam☩


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