Em Dia do Pai é justo homenagear o nosso Pai da Pátria e Rei Fundador.
Em Guimarães, fixou D. Henrique, Conde de Portucale com sua Augusta
esposa a Infanta Dona Teresa de Leão, filha natural do Rei Leonês, a sua
habitação, num Paço, dentro do Castelo que ali fora edificado no século
anterior. Em 1112, falece o conde D. Henrique e, durante a menoridade do seu filho o Infante Dom Afonso Henriques, a governação do condado passa para a viúva Dona Teresa.
Em 1121, esta, auto intitula-se «Rainha», mas os conflitos com o Clero e
a sua relação com o fidalgo galego Fernão Peres, a quem entregara o
governo dos distritos do Porto e Coimbra, originou a insurreição dos
Portucalenses e do próprio filho o Infante D. Afonso Henriques,
invariavelmente afastados, por forasteiros, da gestão dos negócios
públicos.
Em 1125, com apenas 14 anos de idade, o efebo D. Afonso
Henriques – conforme o uso e costume dos reis – arma-se a si próprio
cavaleiro tornando-se assim guerreiro independente.
Em 1128,
trava-se a Batalha de São Mamede entre os partidários do infante Dom
Afonso e os de sua mãe, Dona Teresa. Derrotada a mãe, D. Afonso
Henriques assume integralmente os destinos do condado Portucalense.
Com duas frentes de Batalha – uma contra Leão e Castela, outra contra os
mouros – Dom Afonso Henriques consegue uma importante vitória contra os
muçulmanos na Batalha de Ourique, em 1139, e Declara a Independência.
Nascia, assim, em 1139, o Reino de Portugal e a sua 1.ª Dinastia, com
El-Rei Dom Afonso I Henriques de Borgonha.
Em 5 de Outubro de 1143
foi celebrado um Tratado na cidade leonesa, homónima, de Zamora,
desfecho da conferência de paz organizada pelo Arcebispo de Braga Dom
João Peculiar e que teve como intervenientes dom Afonso Henriques e o
seu primo Afonso VII de Leão e Castela, sob os auspícios do enviado
papal, o Cardeal Guido de Vivo.
Com a assinatura deste tratado
resultou o nascimento daquele que é considerado o mais antigo
Estado-Nação do mundo ocidental: PORTUGAL.
Neste Tratado de Zamora,
ficou assente que Afonso VII de Castela e Leão concordava com a
transformação do Condado Portucalense em Reino de Portugal com Dom
Afonso Henriques com o título de ‘Rex Portucalensis’- Rei de Portugal,
embora continuasse, apesar do reconhecimento da Independência, como
vassalo do Rei de Castela e Leão, que se intitulava Imperador da
Hispânia. Porém, caso único entre todos os Reis da Ibéria, dom Afonso
Henriques nunca prestou essa vassalagem. A partir desta data, Dom Afonso
Henriques passou a enviar ao Papa remissórias declarando-se vassalo
lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia em
ouro, pelo que, em 1179, o Papa Alexandre III, através da Bula
Manifestis Probatum, reconheceu Dom Afonso Henriques como ‘Rex’.
Alexandre Herculano escreveu que “o imperador reconheceu o título de rei
que seu primo tomara, e que este recebeu dele o senhorio de Astorga,
considerando-se por essa tenência seu vassalo. Não é menos provável que,
ainda como Rei de Portugal ficasse numa espécie de dependência política
de Afonso VII, o imperador das Espanhas ou de toda a Espanha, como ele
se intitulava nos seus diplomas”. Todavia, na Bula acima referida, o
Papa ao aceitar que Dom Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa,
reconhece não só, definitivamente, a independência do Reino de Portugal,
como o Rei de Portugal fica livre de prestar vassalagem ao Rei de Leão e
Castela, imperador de toda a Espanha, porque nenhum vassalo podia ter
dois senhores directos.
Assim sendo, tendo ganho a sua Independência
e soberania enquanto Estado naquele 5 de Outubro de 1143, Portugal
encontra-se a 29 anos de completar 900 anos de existência – que celebre a
data já novamente como Reino é o nosso desejo.
Viv’ó Rei Fundador! Viv’á Monarquia!
VIVA PORTUGAL Independente e Soberano!
Miguel Villas-Boas - Membro da Plataforma de Cidadania Monárquica
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