EM MEMÓRIA
Em 1 de Fevereiro de 1908 - vai fazer precisamente 106 anos - quando a
Família Real Portuguesa regressava de um período de vilegiatura em Vila
Viçosa, ocorreu o trágico episódio que ficaria conhecido na História de
Portugal como o Regicídio.
A Família Real Portuguesa foi vítima de um atentado terrorista perpetrado por membros da maléfica Carbonária.
Quando percorriam o Terreiro do Paço num landau, a exaltação
republicana e vermelha dos “primos” Manuel Buiça, Alfredo Costa e mais
três fez-se “A Eles!”. O Costa disparou cobardemente pelas costas dos
membros da Família Real e acertou El-Rei Dom Carlos na nuca; num acto de
enorme coragem o Príncipe Real Dom Luís Filipe sacou o seu Colt do
coldre e começou a disparar sobre o assassino de seu pai, mas os
solavancos da carruagem fazem-no errar a pontaria e, acaba, também,
assassinado pela descarga repetida de tiros do terrorista. O Buiça, que
tirara a carabina escondida no varino, também, disparou atingindo Dom
Manuel no braço direito, enquanto a Rainha Dona Amélia aos gritos de
“Infames!”, e, “armada” de um ramo de flores, tentava corajosamente, mas
em vão, proteger a sua amada família. O tenente Francisco Figueira
trespassou, então, o Buiça com a espada e pôs-lhe fim aos intentos
assassinos. Os outros acabaram, também, às mãos da polícia.
Mataram o
Rei de 44 anos! Mataram o Príncipe Real de 20, e, com a sua morte, num
período tão abundante de esperanças, aconteceu o primeiro sinal das mais
trágicas desilusões.
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