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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

D.MIGUEL, UM BOM REI

D.MIGUEL, UM BOM REI.

“A História é escrita pelos vencedores”. Maria Teresa de Bragança Van Uden Chaves, bisneta de D. Miguel, aprendeu cedo a não acreditar em tudo o que dizem os livros. E não tem dúvidas que a memória deste seu antepassado foi propositadamente manipulada e enegrecida por gerações de historiadores. Aquele D. Miguel, déspota e cruel que lançou o reino numa sangrenta guerra civil é para Maria Teresa uma mitificação da História e acredita que um dia ainda se vai fazer justiça “a um dos reis mais amados pelos portugueses”.
Filha mais nova de Maria Adelaide de Bragança, infanta de Portugal, Maria Teresa já nasceu em terras portuguesas em 1956, não conhecendo assim as agruras de um exílio imposto ao seu bisavô, avô, mãe e irmãos mais velhos. Mas mais de um século de acusações e perseguições injustas transformaram esta família numa fortaleza. Ensinaram-na a distinguir o essencial do acessório. A enfrentar as adversidades. A amar Portugal. E, principalmente a nunca deixarem de acreditar que o segredo da felicidade está nos valores mais simples da fé cristã: a solidariedade, o amor pelo próximo e uma inesgotável capacidade de perdoar.
Para Maria Teresa viver segundo estes valores é tão natural como respirar. Talvez por isso nem tenha hesitado, quando depois dos quatro filhos criados, surgiu a oportunidade de ficar à frente da Cáritas Diocesiana de Beja e ocupar os seus dias ao serviço dos outros.
“Durante toda a vida vi a minha mãe preocupar-se com os problemas das pessoas mais carenciadas e ensinar-nos a ter uma vida simples, com mais valores que dinheiro e sermos disponíveis para ajudar quem precisa”. Movida por uma inesgotável energia, a infanta Maria Adelaide conseguiu transmitir esse espírito de missão aos filhos. E , em pouco tempo, por de pé uma importante obra social em Porto Brandão, na altura uma zona muito pobre e relativamente próxima de aldeia de Murfacém, onde a família Bragança Van Uden foi viver depois de António Oliveira Salazar autorizar a sua vinda para Portugal.
Maria Teresa recorda com saudade esses tempos de infância, passados na Quinta do Carmo, uma propriedade emprestada aos seus pais pela família Quintela. “Lembro-me da sensação de liberdade de espaço”. Lembra-se também que o facto da história da sua família se confundir com a História de Portugal nunca a fazer sentir uma criança especial. “Era uma coisa natural. Nunca me senti diferente de ninguém”.
O dia a dia na quinta era vivido com a maior simplicidade e pouco dinheiro. “Quando o meu pai quando veio para Portugal já era formado em Medicina pela Universidade de Viena mas não lhe foi dada a equivalência. Durante cinco anos não pode exercer”. Maria Teresa recorda com um sorriso esses tempos em que o pai se dedicava à plantação de cogumelos. “Era um amigo da família, um barão austríaco, que se encarregava de os vender em Lisboa”.
No entanto estas dificuldades financeiras nunca marcaram negativamente a família. Até pelo contrário. “Aprendemos a viver com pouco e dar apenas valor aquilo que era importante”. Aliás, sempre que à Quinta do Carmo chegavam coisas novas, seja comida ou roupa, tudo o que era a mais seguia imediatamente para a “Obra” da mãe, a Fundação D. Nuno Álvares Pereira. Dar aos outros foi também um dos traços mais marcantes da personalidade de D. Miguel . “Há relatos que contam que ele costumava muitas vezes dar a sua própria camisa aos meninos pobres que rondavam o palácio real no Rio de Janeiro”. E quando foi obrigado a abandonar Portugal, D. Miguel distribuiu todos os seus bens pelos soldados mais leais “Viveu com muito pouco até ao dia da sua morte”.

Texto de Rosa Amaral “A História é escrita pelos vencedores”. Maria Teresa de Bragança Van Uden Chaves, bisneta de D. Miguel, aprendeu cedo a não acreditar em tudo o que dizem os livros. E não tem dúvidas que a memória deste seu antepassado foi propositadamente manipulada e enegrecida por gerações de historiadores. Aquele D. Miguel, déspota e cruel que lançou o reino numa sangrenta guerra civil é para Maria Teresa uma mitificação da História e acredita que um dia ainda se vai fazer justiça “a um dos reis mais amados pelos portugueses”.
Filha mais nova de Maria Adelaide de Bragança, infanta de Portugal, Maria Teresa já nasceu em terras portuguesas em 1956, não conhecendo assim as agruras de um exílio imposto ao seu bisavô, avô, mãe e irmãos mais velhos. Mas mais de um século de acusações e perseguições injustas transformaram esta família numa fortaleza. Ensinaram-na a distinguir o essencial do acessório. A enfrentar as adversidades. A amar Portugal. E, principalmente a nunca deixarem de acreditar que o segredo da felicidade está nos valores mais simples da fé cristã: a solidariedade, o amor pelo próximo e uma inesgotável capacidade de perdoar.

Para Maria Teresa viver segundo estes valores é tão natural como respirar. Talvez por isso nem tenha hesitado, quando depois dos quatro filhos criados, surgiu a oportunidade de ficar à frente da Cáritas Diocesiana de Beja e ocupar os seus dias ao serviço dos outros.

“Durante toda a vida vi a minha mãe preocupar-se com os problemas das pessoas mais carenciadas e ensinar-nos a ter uma vida simples, com mais valores que dinheiro e sermos disponíveis para ajudar quem precisa”. Movida por uma inesgotável energia, a infanta Maria Adelaide conseguiu transmitir esse espírito de missão aos filhos. E , em pouco tempo, por de pé uma importante obra social em Porto Brandão, na altura uma zona muito pobre e relativamente próxima de aldeia de Murfacém, onde a família Bragança Van Uden foi viver depois de António Oliveira Salazar autorizar a sua vinda para Portugal.

Maria Teresa recorda com saudade esses tempos de infância, passados na Quinta do Carmo, uma propriedade emprestada aos seus pais pela família Quintela. “Lembro-me da sensação de liberdade de espaço”. Lembra-se também que o facto da história da sua família se confundir com a História de Portugal nunca a fazer sentir uma criança especial. “Era uma coisa natural. Nunca me senti diferente de ninguém”.

O dia a dia na quinta era vivido com a maior simplicidade e pouco dinheiro. “Quando o meu pai quando veio para Portugal já era formado em Medicina pela Universidade de Viena mas não lhe foi dada a equivalência. Durante cinco anos não pode exercer”. Maria Teresa recorda com um sorriso esses tempos em que o pai se dedicava à plantação de cogumelos. “Era um amigo da família, um barão austríaco, que se encarregava de os vender em Lisboa”.

No entanto estas dificuldades financeiras nunca marcaram negativamente a família. Até pelo contrário. “Aprendemos a viver com pouco e dar apenas valor aquilo que era importante”. Aliás, sempre que à Quinta do Carmo chegavam coisas novas, seja comida ou roupa, tudo o que era a mais seguia imediatamente para a “Obra” da mãe, a Fundação D. Nuno Álvares Pereira. Dar aos outros foi também um dos traços mais marcantes da personalidade de D. Miguel . “Há relatos que contam que ele costumava muitas vezes dar a sua própria camisa aos meninos pobres que rondavam o palácio real no Rio de Janeiro”. E quando foi obrigado a abandonar Portugal, D. Miguel distribuiu todos os seus bens pelos soldados mais leais “Viveu com muito pouco até ao dia da sua morte”.

Texto de Rosa Amaral

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