
Níveis históricos de confiança nacional são um elemento
nuclear para prever o sucesso e a escala do Estado de bem estar social
de um País.
Este estudo (Trust, Welfare States and Income Equality: What Causes What? de Andreas Bergh and Christian Bjørnskov) aponta para o
facto de a confiança social ser mais elevada nas Monarquias, fazendo
desta a causa primária para a existência e manutenção bem sucedidas do
Estado Social
Apesar do facto de os grandes Estados Sociais serem vulneráveis ao free-riding (pessoas que beneficiam sem terem contribuído) a ideia é a de que o Estado Social Universal leva inevitavelmente a níveis de confiança mais elevados entre a população .
Este princípio tem recebido alguma atenção e apoio entre a maioria dos cientistas políticos ,até recentemente. O estudo de Andreas Bergh e Christian Bjørnskov argumenta
que a direcção oposta de causalidade é mais plausível: as populações
com níveis de confiança mais elevados são mais propensas à criação e
manutenção bem sucedida de estados de bem-estar universal com elevados
níveis de tributação a par com o financiamento público de regimes de
segurança social
A hipótese é testada utilizando técnicas de variáveis instrumentais
para inferir as variações dos níveis de confiança que antecedem os
Estados Sociais actuais, e em seguida, usando a variação dos níveis de
confiança históricos para explicar o tamanho actual e a estrutura do
Estado Social, e, finalmente, comparando o poder explicativo da
confiança a outros factores explicativos potenciais, tais como a
ideologia de esquerda-direita e a abertura económica.
Usando dados transversais para 77 países, é demonstrado que os países
com níveis de confiança históricos superiores têm significativamente
maior despesa pública em percentagem do PIB e também têm mais liberdade
regulamentar (jurídica). Esta descoberta é robusta para o controle de
várias outras explicações possíveis para o tamanho do estado de bem
estar social.
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