Jornal "Diário
do Minho" de 14 de Janeiro de 2011, pag. 20
Portugal
está neste momento em campanha eleitoral para eleger o Chefe de Estado. Esta
campanha eleitoral tem sido uma prova clara de que os candidatos utilizam o
cargo de Chefe de Estado como uma promoção pessoal e não como um sacrifício pela
Pátria. Temos 6 candidatos a concorrer ao cargo de Presidente da Republica e
cada um é mais brilhante do que o outro.
O
Professor Cavaco Silva, actual presidente da Republica, provou a sua
vulnerabilidade pois quando atacado por uma questão sem importância alguma, e
que seria fácil rebater, como foi o caso de uma simples venda de acções do BPN,
não se soube defender, deixando que a ondulação se tornasse num maremoto. É
muito inquietante saber que podemos eleger um Chefe de Estado que não tem a
habilidade necessária de cortar os boatos logo pela raiz. No mandato anterior do
Professor Cavaco Silva, também ficou demonstrado que um Presidente da Republica
tem limitações de poderes por estar dependente de um segundo mandato.
Assistiu-se a esta situação quando sofreu um ataque do P.S. para desviar as
atenções do País e ganhar umas eleições. No final de mandato, também ficou
demonstrado que de 5 em 5 anos, existe um período de 6 meses em que não se pode
demitir um Governo por mais incompetências que cometa.
Foi
notório que o professor Cavaco Silva, neste primeiro mandato, não decidiu com
consciência mas sim, com a frieza de nunca ser atacado de favorecer a sua
família política e com isso prejudicou o País.
Por
essas razões, é que um Rei que nunca pertenceu a uma família política pode
decidir para o bem da Nação. O Rei não vem de uma família de esquerda nem de
direita e não tem de se preocupar com as sensibilidades destas duas grandes
tendências. O Rei não deve nada à Esquerda nem à Direita. O Rei olha para a
frente e apenas tem como preocupação Portugal e os
portugueses.
O
Poeta Manuel Alegre, que se considera um herói da Pátria Portuguesa por ter
desertado e ter efectuado uma resistência ao antigo regime através de Argel
concorre a estas eleições para Chefe Supremo das Forças armadas. Que situação
curiosa esta. Será mais uma valia desta Republica que permite que um desertor
possa vir a comandar umas Forças armadas? E será que o Poeta Manuel Alegre, como
Chefe de Estado iria homenagear os combatentes do Ultramar mortos em combate?
Aqueles que morreram pela Pátria e que apenas são relembrados e a medo no dia 10
de Junho? E como se sentiriam os familiares com tal homenagem “sentida”? Mas o
Poeta Manuel Alegre ainda vai mais longe. Acha que estas eleições estão marcadas
por uma guerra de esquerda e de direita sendo que quer ser o Presidente de todos
os portugueses impondo os valores de esquerda.
Na
Monarquia, um Rei não pode ter tendências. Tem de ser imparcial e justo. Que
justeza teríamos se este candidato ganhasse?
Este
candidato acha que deve haver uma correlação de forças entre o Governo e a
chefia de Estado e nunca cooperaria com um Governo de Direita. Seria sempre um
Chefe de Estado corrompido pelos valores daqueles que os elegeram e um feroz
adversário dos que não concordaram com ele nas eleições.
Manuel
Alegre utiliza, nesta campanha, uma estratégia de descredibilização do Professor
Cavaco Silva para tentar com isso forçar uma segunda volta. Demonstra-se assim
que na república o que interessa são os fins e não os meios.
Prefere
descredibilizar o Professor Cavaco Silva na sua seriedade, falando do caso BPN
em vez de tentar expor o seu ponto de vista no papel de Chefe de Estado. E tanto
atacou que foi atacado pelo caso BPP. Quem tem telhados de vidro não deve atirar
pedras. Mas para este candidato, custe o que custar, o que interessa é ganhar
mesmo que seja com calúnias ou processos de intenções. Pena que nunca o ouvimos
a perguntar ao ex amigo, o Dr. Mário Soares, sobre o caso Melancia. Pena que não
o ouvimos a perguntar sobre a licenciatura ou o caso Freeport ao “Eng.º” José
Sócrates.
Serão
estes talvez os valores do ideal republicano. A política suja do ataque. A dita
ética republicana.
Na
monarquia não existe ética monárquica nem ética republicana. Apenas existe ética
e ou se tem ou não se tem…Pelo menos nestas eleições definiu-se a ética
republicana como sendo porca, suja, badalhoca…
O
Doutor Defensor Moura, a “lebre” de Manuel Alegre, sabe que não tem hipóteses de
vencer estas eleições e concorre para que haja uma segunda volta e
consequentemente com maiores custos para um País endividado. Está a fazer um
serviço ao Partido Socialista e não ao País. Quão patriota que é este candidato.
Considera que ser eleito Chefe de Estado é mais uma etapa na sua carreira. Ou
seja, na Republica o cargo de chefe de estado é garantido como uma progressão de
carreira política.
O
Dr. Fernando Nobre enganou-se nas eleições. Deveria concorrer às legislativas.
Pretende mudar o País num cargo que tem mais um papel controlador do que
transformador. É um idealista, um utópico e considero que se fosse eleito,
acabaria 5 anos depois, desconsolado e triste por não ter cumprido aquilo que
prometeu. Prova assim que um idealista pode chegar a chefe de estado e pode
assim provocar uma desilusão geral.
O
Sr. Francisco Lopes é o candidato que defende a ditadura do proletariado. O
sonho deste candidato seria uma União Soviética em Portugal. Sobre este
candidato, está tudo dito.
O
Sr. José Manuel Coelho é o “Tiririca” português e a prova viva de que um
“desbocado” pode chegar ao cargo supremo da Nação. Imaginemos que o Povo de tão
descontente votaria nele como protesto. Veja-se a vergonha que seria para
Portugal no Mundo. Uma vergonha que sairia cara pois trazia falta de
credibilidade em que ninguém confiaria no nosso País nem nos portugueses.
Veríamos os juros dos empréstimos a aumentar exponencialmente e provavelmente
levaria a uma falência do País. E o grande problema é que há muita gente
descontente com o nosso sistema político.
Eu,
Pedro Borges de Macedo sou um deles mas considero que a melhor forma de
demonstrar esse descontentamento seria pedir uma mudança de regime pacífica
alterando a constituição e o famigerado artigo 288 alínea b para que seja
decidido a forma de regime. Quando o Povo puder decidir sobre a forma de regime,
poderemos viver numa democracia pois a actual forma de regime foi
imposta.
É
por isso que nestas próximas eleições irei votar, como sempre
votei.
Irei
votar com um voto nulo a dizer Viva o Rei.
Pedro
Borges de Macedo
Vice-presidente da
distrital de Braga do PPM
E os TITIRICA monárquicos... também á muitos.... Oh ... se há.....
ResponderEliminar