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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 2 de dezembro de 2012

O PRIMEIRO HISTORIADOR PORTUGUÊS

O Primeiro Historiador Português

D. Pedro Afonso, alferes-mor e 3.º Conde de Barcelos, é sem dúvida o mais conhecido dos bastardos de D. Dinis, que o teve de Gracia Anes. Trovador [autor de várias cantigas e compilador do mais tardia recolha de poesia trovadoresca do séc. XIV, a «Compilação Geral», como é conhecida], cronista [é-lhe atribuída a autoria da «Crónica Geral de Espanha de 1344»] e, acima de tudo linhagista [é seu o mais importante e completo «Livro de Linhagens» do séc. XIV»], o conde D. Pedro de Barcelos destaca-se como uma das mais importantes figuras da cultura medieval peninsular*.
 
O seu sarcófago, no braço norte do transepto do Convento de São João de Tarouca, corresponde à sua grandeza intelectual. Com 3,28 m de comprimento, 1,78 m de altura, 1,22 m de largura e o peso aproximado de 13 toneladas, é provavelmente a maior arca tumular existente em Portugal. O jacente, de cara barbada, longo manto e espada na mão impõe-se ao olhar nas suas dimensões gigantescas.
 
Obra rude e colossal, terá sido concebida pelo próprio D. Pedro Afonso, num tempo em que as grandes figuras senhoriais começavam a afirmar a sua individualidade e o seu poder, tentando libertar-se do anonimato da morte pela monumentalidade e grandiosidade tumular.
 
Nesse mesmo desígnio de afirmação e superação se inscrevem as cenas de caça ao javali que preenchem os baixos-relevos dos frontais. A caça – actividade de nobres e guerreiros – distinguia socialmente quem a praticava. Simbolicamente, representava também a purificação da alma, através da caça aos instintos, de que o cavalo, o javali ou porco-negro são o símbolo**.
 
O cão aos pés – sinal de fidelidade – e as armas de Portugal nos faciais constituem ainda figurações da grandeza do personagem que, cultural e civilizacionalmente não desmereceu a nobreza e dimensão de seu pai, Dinis, rei de Portugal.

Bibliografia:
 
* -     José Augusto de Sotto Mayor Pizarro - D. Dinis. [Rio de Mouro], Círculo de Leitores, 2005, p. 240.
 
** – Paulo Pereira - Enigmas: lugares mágicos de Portugal, vol. II: arquitecturas sagradas, [Rio de Mouro], Círculo de Leitores e autor, 2004, p. 144. D. Pedro Afonso, alferes-mor e 3.º Conde de Barcelos, é sem dúvida o mais conhecido dos bastardos de D. Dinis, que o teve de Gracia Anes. Trovador [autor de várias cantigas e compilador do mais tardia recolha de poesia trovadoresca do séc. XIV, a «Compilação Geral», como é conhecida], cronista [é-lhe atribuída a autoria da «Crónica Geral de Espanha de 1344»] e, acima de tudo linhagista [é seu o mais importante e completo «Livro de Linhagens» do séc. XIV»], o conde D. Pedro de Barcelos destaca-se como uma das mais importantes figuras da cultura medieval peninsular*.
O seu sarcófago, no braço norte do transepto do Convento de São João de Tarouca, corresponde à sua grandeza intelectual. Com 3,28m de comprimento, 1,78m de altura, 1,22m de largura e o peso aproximado de 13 toneladas, é provavelmente a maior arca tumular existente em Portugal. O jacente, de cara barbada, longo manto e espada na mão impõe-se ao olhar nas suas dimensões gigantescas.

Obra rude e colossal, terá sido concebida pelo próprio D. Pedro Afonso, num tempo em que as grandes figuras senhoriais começavam a afirmar a sua individualidade e o seu poder, tentando libertar-se do anonimato da morte pela monumentalidade e grandiosidade tumular.


Nesse mesmo desígnio de afirmação e superação se inscrevem as cenas de caça ao javali que preenchem os baixos-relevos dos frontais. A caça – actividade de nobres e guerreiros – distinguia socialmente quem a praticava. Simbolicamente, representava também a purificação da alma, através da caça aos instintos, de que o cavalo, o javali ou porco-negro são o símbolo**.


O cão aos pés – sinal de fidelidade – e as armas de Portugal nos faciais constituem ainda figurações da grandeza do personagem que, cultural e civilizacionalmente não desmereceu a nobreza e dimensão de seu pai, Dinis, rei de Portugal.


Bibliografia:


* - José Augusto de Sotto Mayor Pizarro - D. Dinis. [Rio de Mouro], Círculo de Leitores, 2005, p. 240.


** – Paulo Pereira - Enigmas: lugares mágicos de Portugal, vol. II: arquitecturas sagradas, [Rio de Mouro], Círculo de Leitores e autor, 2004, p. 144.

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