O Partido Popular Monárquico (PPM) acusou
hoje Cavaco Silva de assumir uma postura de chefe de facção, excluindo
milhares de monárquicos da vida cívica portuguesa, e de mentir
deliberadamente sobre a história do país.
Na cerimónia que assinala os 103 anos da Proclamação da
República, Cavaco Silva valorizou as conquistas conseguidas em 1910,
considerando que “os valores republicanos devem ser interiorizados pelos
portugueses e concretizados no seu dia-a-dia”: “Com maior empenho e
mais produtividade, com um cuidado acrescido na educação dos seus
filhos, com um sentido cívico mais profundo de participação na vida
democrática”.
“O Presidente assumiu uma postura de chefe de facção: a republicana, a
quem atribuiu o monopólio das virtudes cívicas e democráticas”, refere o
PPM, dizendo que Cavaco Silva está a “falsificar a história” e a
excluir “milhares de monárquicos portugueses da vida cívica do país”.
Os monárquicos alegam, no comunicado, que durante a I República se
passou por um dos regimes mais intolerantes, exclusivistas e violentos
do século XX em Portugal, com a exclusão das mulheres da vida cívica,
por exemplo.
Para o PPM, Cavaco Silva esqueceu-se ainda “assinalar o carácter
republicano do Estado Novo, que vigorou em 48 dos 103 anos” que hoje se
comemoram.
A nota do Partido Monárquico insiste ainda no desafio de realizar um referendo sobre a natureza do regime político em Portugal.
Bom texto.
ResponderEliminarApoiado.