Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Manuel II de Portugal não contava vir a reinar, mas pelos caminhos do Destino que ceifou as vidas do Seu Augusto Pai e Irmão viu-se alçado no Trono dos Seus Antepassados. Todavia, ao contrário do que alguns dizem o Senhor Dom Manuel II não era nem impreparado nem inábil, e poderia mesmo ter sido um grande Rei não fosse a golpada revolucionária republicana do 5 de Outubro de 1910. Prova da sua perspicácia foi quando, em 1909, se apercebeu que a política e, sobretudo, os políticos, desestabilizavam a Monarquia. Assim, El-Rei Dom Manuel II de Portugal contratou, a expensas suas, o sociólogo e politólogo francês Léon Poinsard, para este elaborar uma exposição sobre a situação política do País. No relatório final o francês defendeu que a solução passaria por debelar os clientelismos fruto do Rotativismo e que se devia reestruturar a administração local, e como resultado natural aconteceria a necessária reforma política. Mais fácil dizê-lo do que fazê-lo e o Monarca encontra a oposição dos políticos que na sôfrega preocupação em colher o pão diário - e algo mais - anulariam qualquer tentativa de reformar o regime político do constitucionalismo monárquico. Consequência do ‘tudo como dantes no quartel-general de Abrantes’, a situação política degrada-se e sucedem-se sete governos em apenas 24 meses.
De quem foi a culpa?! De Sua Majestade é que não!
Claro que muito melhor que instabilidade política como aquela verificada durante a primeira República do monturo, que para além do sempre presente odor a pólvora no ar, nos seus primeiros 16 anos de vida, chegou a ter um governo que não aguentou um dia! Nesses 16 anos de efémera e triste existência de República Velha houve 46 governos, e, largas dezenas de presidentes do conselho e ministros que não chegaram a um mês de exercício de funções.
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica
Fotografia: El-Rei Dom Manuel II de Portugal no seu Gabinete de Trabalho
-JM.jpg)
.jpg)
.jpg)
Mensagens
Sem comentários:
Enviar um comentário