O vídeo que os Finlandeses fizeram no youtube sobre factos históricos
do seu país, foi uma subtil maneira de gozar com uma nação inteira. Os
ingleses, essa velhos aliados, estão relutantes em emprestar-nos
dinheiro. Um Português normal diz cobras e lagartos dessas duas
nacionalidades e da União Europeia. Tentam defender-se com a História
mas depois vêm a classe política e estraga-se tudo.
Por isso a culpa é da “ética republicana”. Querem lá saber os
finlandeses se os ajudamos na segunda guerra mundial? Querem lá saber os
ingleses se temos uma aliança com vários séculos? Somos nós é que
estamos presos na teia do globalismo capitalista. E tudo isto devido à
“ética republicana”.
Eu não duvido que ingleses e finlandeses tenham o maior respeito
pelas 10 milhões de almas que habitam Portugal. Que respeitem os nossos
feitos, a nossa riqueza patrimonial e cultura.
Não se trata de falta de solidariedade da União Europeia ou dureza do
FMI. Trata-se de uma análise exterior. Uma análise imparcial da rede
política Portuguesa. Não estou com isto a querer dizer que na Finlândia
ou Inglaterra seja tudo um mar de rosas. Não!
Mas são nações que tentam mostrar sempre o seu melhor e que conseguem
dar aos seus cidadãos oportunidades de vida condignas. Em 37 anos,
quantas vezes é que o FMI entrou em Portugal? O que é que foi feito aos
fundos monetários europeus? Portugal tem apresentado resultados?
Por isso eu tenho vergonha de viver numa república. Vergonha porque
esta república não tem políticos capazes de defenderem o nome do meu
país perante os seus pares. São os primeiros a terem atitudes de
submissão a qualquer outro país. Vergonha porque não permite a livre
iniciativa e a liberdade de pensamento. Não contribuem para um forte
tecido empresarial e os seus tentáculos só servem para sustentar uma
restrita rede clientelar. Não é altura de dizer basta?
Mesmo que tenhamos convencido a UE e o FMI a emprestar-nos o
dinheiro, não podemos continuar a manter no poder, os mesmos que
levaram-nos a esta situação de subserviência. Não podemos persistir à
custa de empréstimos atrás de empréstimos.
É por isso que utilizando o Facebook criei dois eventos: o Hurrah for the monarchy e o Não pago as dívidas do Estado.
O primeiro evento é dirigido a monárquicos ou a simpatizantes e
pretende ser uma marcha a favor do Rei D. Duarte III. O segundo evento é
dirigido a toda a sociedade civil. Inspirado no exemplo islandês, vou
tentar reunir o maior número possível de pessoas e todos exigirmos do
estado que assuma as suas responsabilidades, em vez, de honrar o
compromisso com a troika à custa dos sacrifícios de gerações de
Portugueses. Isto, à boa maneira Salazarista republicana.
Daniel Nunes Mateus
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