Bandeira Branca do Infante, que de Sagres, qual
gigante alviçareira gaivota, ias « por bem » na derrota, mesmo com
calmaria, de cabo a promontório, pela costa que seguia a dobrar o
Tormentório, desfazer em riquezas que trouxeste até Belém, os mistérios
encantados que quebraste em mil proezas, por mares jamais navegados
antes de ti por ninguém...
Bandeira Branca de antanho, que no
penol das caravelas, de estamenha tendo as velas e por quilha um grosso
lenho, lá ias a bordejar, toda luzente de sol, sem piloto nem farol, mas
o Oriente por meta, até poderes derrotar a cimitarra e a seta... E que
nos mares do Ocidente, do teu Rei sempre valente, firmaste a coroa e o
escudo, perante o Mundo já mudo por ver no Mundo Tal Gente...
Bandeira Branca velhinha, tu és a bandeira minha: Bandeira dos meus
amores! Leva-me para onde fores, a mostrar ainda um dia a cor de arminho
que tens, no Berço de Guimarães, nos Castros do Minho e da Beira, nos
castelos de Leiria e da Feira, terra de Santa Maria...Vem dar-nos mais
uma vez o teu conselho leal, tu que foste o espelho de todo o Bom
Português que fez o Bom Portugal !
Ao sopro da nossa esperança, já estremeces na lança, pois estás a recordar...
Boa memória não cansa! Solta hoje à semelhança, três brados de igual
maneira à desses tempos passados...Minha bandeira, tenham eco esses teus
brados!!! "
Conde de Alvellos ( 2º )
Um povo que
fez " o Bom Portugal ", levando sempre na mão este estandarte, tem um
Passado que o manda seguir a sua Tradição, sendo uma traição à sua
memória buscar noutros lados inspiração para o bom caminho retomar:
basta-lhe voltar a erguer a bandeira que por tanto tempo o guiou,
conduzindo-o sempre à vitória.
Cristina Ribeiro
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