O espírito de 1640
”PORTUGAL NÃO ESTENDE A MÃO SENÃO A DEUS” de Henrique
de Paiva Couceiro é uma frase que nunca fez tanto sentido como hoje num
Portugal acabrunhado pela lei do credor estrangeiro , a ganância de
alguns e a cobardia dos restantes.
Nunca
como hoje foi tão evidente a diferença entre o Portugal que se levantou
em 1640 e o Portugal que se vai deixando morrer entre ditaduras ,
festas e democracias pouco democráticas.Nunca como hoje foi tão evidente
a diferença entre o português que se lançou ao desconhecido arriscando
tudo e o português que se deixa escravizar para não arriscar nada.
A
frase representa um pilar da doutrina monárquica que todos os
governantes deveriam ter em mente…e os portugueses escrito num papel à
cabeceira da cama para nunca esquecerem que não é dinheiro que move os
homens que constroem nações nem nunca foi dinheiro ou os “mercados” que
fizeram 22 gerações de portugueses e 34 Reis e Rainhas de Portugal
penhorarem as suas vidas e o seu bem estar em prol das gerações futuras,
em prol de um projecto que muito mais do que um pequeno país foi
Portugal , aquele que se estende pelo planeta fora, aquele projecto que
Camões e Pessoa (separados por séculos e unidos pela língua e pelo
projecto) declararam estar a meio, inacabado, dependente da vontade das
gerações do seu tempo…do nosso tempo! Qual torre de babel que coube aos
portugueses acabar com os olhos postos no céu e os pés na terra.
Nunca como hoje fez tanto sentido a frase da Fundação:
“O Rei é livre, nós somos livres”
Sem comentários:
Enviar um comentário