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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 25 de outubro de 2022

O PASSADO À LUZ DO DIA: A ESPADA DE D. DINIS


Fotografia do jornal "Público" da autoria do jornalista/fotógrafo Rui Gaudêncio.

Fotografia do jornal "Público" da autoria do jornalista/fotógrafo Rui Gaudêncio.

Fotografia do jornal "Público" da autoria do jornalista/fotógrafo Rui Gaudêncio.

Autor
Repensando a Idade Média.
(© Jornal Público | Jornalista/Fotógrafo Rui Gaudêncio):
Autor
Repensando a Idade Média.
(© Jornal Público | Jornalista/Fotógrafo Rui Gaudêncio):

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Repensando a Idade Média.
(© Jornal Público | Jornalista/Fotógrafo Rui Gaudêncio):

Autor

Repensando a Idade Média.
(© Jornal Público | Jornalista/Fotógrafo Rui Gaudêncio):


Aconselhamos todos os nossos leitores a adquirirem uma cópia do jornal Público de hoje. Isto porque ao fazê-lo podem apanhar um vislumbre de um dos maiores achados dos últimos anos da arqueologia portuguesa: a espada funerária de D. Dinis.
Para quem não quiser investir numa cópia, eis o fundamental. A espada foi (re) descoberta em 2020, na sequência dos trabalhos que têm vindo a ser feitos no túmulo, mas apenas agora foi retirada para conservação, com as maiores cautelas. Segundo informações prestadas por Maria Antónia Amaral, co-directora do projecto, trata-se de uma espada de ferro com uma guarnição (guardas, punho e pomo) em prata, com aplicações esmaltadas de várias cores. Conserva-se a bainha, de madeira e potencialmente ainda revestida por couro, bem como o cinto com que se cingiria à cintura, aparentemente tecido (talvez em seda, como habitual noutros cintos similares da época) com aplicações metálicas decorativas (também elas aparentemente feitas em prata).
Esta é a primeira espada régia que podemos atribuir de forma inegável a um monarca português. Junta-se à espada de D. João I, conservada no Museu Militar de Lisboa, cuja atribuição é apesar de tudo menos segura do que esta. Em termos comparativos, e apesar da presente e compreensível escassez de imagens, é possível traçar algumas comparações grosseiras com a espada cerimonial do rei Sancho IV de Castela, “O Bravo”, datada de 1284 e que hoje se conserva no Museu de Tapices y Texteis da Catedral de Toledo. Observe-se por exemplo a empunhadura de perfil anguloso de ambos os espécimes, impróprias a armas de combate (por pouco ergonómicas), e a sua decoração. É no entanto necessário um estudo muito mais aturado da peça para que possamos saber mais detalhes e aprender mais sobre o que esta espada nos poderá dizer sobre um si mesma e sobre um dos mais emblemáticos monarcas da Idade Média portuguesa.
Esta descoberta prova também que os túmulos régios podem ser um manancial de tesouros por descobrir - artefactos militares, vestes, adereços, coroas ou armaduras –, e urge que os restantes túmulos sejam devidamente estudados e inventariados. É nossa esperança que o sucesso deste estudo do túmulo de D. Dinis possa catapultar outras campanhas nas dezenas de outros túmulos (régios e de nobreza) que existem em Portugal.
De resto, apelamos a que a espada, conservada e estudada, venha em breve a ser exposta ao público como tesouro que é, em conjunto com as demais relíquias medievais que o túmulo de Odivelas tão bem preservou.
~ A ADMINISTRAÇÃO

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