O
ministro da Saúde descartou a possibilidade de alterar a lei do aborto
em Portugal, embora reconheça os “custos significativos” que tem para o
Serviço Nacional de Saúde, lembrando que esta foi uma decisão dos
portugueses.
No
final de um encontro onde falou sobre “O Futuro do Sistema de Saúde
Português”, um advogado presente na plateia questionou Paulo Macedo
sobre as suas intenções quanto à atual lei da interrupção voluntária da
gravidez.
Paulo Macedo respondeu que essa foi uma decisão política com os custos inerentes à sua tomada e na qual não tenciona mexer.
“Não
sou favorável a referendos sucessivos. Há um custo significativo, mas
Portugal decidiu assim”, afirmou o ministro, citado pela Lusa.
Vários
líderes religiosos cristãos, judaicos e muçulmanos têm recebido, desde
finais de julho, uma carta a solicitar o seu apoio à recolha de
assinaturas para um referendo que visa garantir a “inviolabilidade da
vida humana” na legislação portuguesa.
O grupo promotor desta iniciativa manifesta a sua intenção de “banir o ‘aborto a pedido’ e atalhar a eutanásia”.
“As 70 000 vítimas do aborto chamam por nós”, pode ler-se neste documento.
Nesse
sentido, considera-se que nos referendos sobre a legalização do aborto,
“os votantes de 1997 e 2007 não estavam a decidir sobre o seu próprio
direito à vida, mas apenas sobre o direito de terceiros, sem voz nem
voto”.
A “comissão pro referendo Vida”
tem a seguinte constituição: Leonor Ribeiro e Castro, Maria das Dores
Folque, Vera de Abreu Coelho, Carlos Fernandes, Luís Botelho, Luís
Paiva, Miguel Lima, Rodrigo Castro.
Fonte: Agência Ecclesia
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