Egídio aceita e daqui segue para Marselha, para depois passar dois anos na companhia de S. Cesário de Arles. O seu continuado desejo de solidão leva-o a instalar-se como eremita numa floresta junto ao rio Ródano, povoada de animais selvagens. Aí o Senhor faz-lhe dom de uma corça de cujo leite se alimentava regularmente.
Um dia, o Rei visigodo Vamba chega àquelas paragens com os seus soldados e dá caça ao animal, que se refugia aos pés do santo. Uma flecha do rei acaba por perfurar a mão de Egídio que se encontrava em oração. O rei apresenta então as suas desculpas e Egídio recusa todo o tipo de cuidados e de reparações; sugere, contudo, a fundação de um mosteiro, do qual se tornará abade, e nasce assim a abadia de S. Gilles (Ægidius, em Latim) du Gard.
Alguns anos mais tarde, Carlos Martel, rei dos Francos, convida Egídio para que vá a Orleans e pede-lhe que reze por ele, pois tinha cometido um pecado tão grande que não ousava confessá-lo, nem mesmo ao santo. Durante a missa, Egídio recebe por intermédio de um anjo, uma mensagem escrita revelando-lhe não só a natureza do pecado (incesto) como a certeza do seu perdão.
Morre a 1 de Setembro do ano de 720 e a abadia de S. Gilles du Gard, onde está o seu túmulo, torna-se a partir daí um dos lugares de peregrinação mais importantes de toda a cristandade e local de paragem para os peregrinos de S. Tiago de Compostela.
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