Tenta ingressar no convento de S. Damião, em Viterbo, mas não lhe permitiram a entrada por ser pobre e muito nova. Decide então transformar a própria casa em claustro. Nele se excedia santamente nas penitências corporais, chegando a disciplinar-se até perder os sentidos. E as horas de oração sucediam-se sem parar.
Aos 8 anos, vítima das penitências, contrai gravíssima doença que se prolonga por 15 meses. Foi milagrosamente curada por Nossa Senhora, que a mandou tomar o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco. Rosa obedeceu e nesse dia começou a sua vida de apóstola. Ao sair da igreja pregou com grande fervor, por dias e dias, sobre a Paixão e sobre os pecados dos homens, para a cidade inteira que a ouvia atónita.
Os partidários do imperador Frederico II, inimigos da Santa Sé, iniciaram então a sua perseguição a Rosa. Depois das zombarias e das calúnias veio o desterro. Rosa deixou Viterbo em segredo com destino a Soriano. Perante a dissolução moral que aí encontrou, prosseguiu a pregação e os seus sermões conseguiram numerosas conversões que se alargaram às aldeias vizinhas, espantadas com aquela menina que, se necessário, confirmava a pregação com milagres. Rosa provocou um verdadeiro furacão espiritual por todos os lugares onde passou.
Após a morte de Frederico II, e dezoito meses depois de deixar a sua terra, pôde finalmente regressar a Viterbo. A população recebe a sua extraordinária conterrânea exultando de alegria pelo tesouro que recuperavam. Pela segunda vez experimenta Rosa entrar num convento. Agora o mosteiro tem o bonito nome de Santa Maria das Rosas. Mas pela segunda vez lhe fecham as portas do claustro. Deus não a destinava para a vida religiosa.
Decide mais uma vez transformar a própria casa no claustro sonhado, atraindo outras jovens de Viterbo que a ela se juntavam para guardar silêncio, cantar salmos e ouvir as suas exortações espirituais. Devido à continuada afluência de mais e mais jovens, o confessor de Rosa compra-lhes um terreno perto de Santa Maria das Rosas. A comunidade tomou a regra da Ordem Terceira de S. Francisco, mas de novo as pequenezas humanas estorvaram a obra de Deus. Inocêncio IV suprimiu a nova comunidade por indicação das religiosas de S. Damião.
Exausta com as penitências e o apostolado, preparou-se para o fim da sua vida terrena. Ao receber o viático, ficou muito tempo em altíssima contemplação. Quando voltou a si, administraram-lhe a unção dos enfermos. Pediu perdão a Deus de todos os pecados e despediu-se das pessoas de família com a requintada caridade de sempre. Jesus, Maria foram as suas últimas palavras. Tinha 17 anos e 10 meses. Faleceu a 6 de Março de 1252.
Fonte: Santos de Cada Dia, Editorial Apostolado da Oração
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