Hoje estão previstas várias iniciativas, mas o grosso das celebrações será no Verão (Phil Noble/Reuters) |
Os vários centímetros de neve e o frio intenso não impediram ontem
Isabel II de assistir a um serviço religioso nos seus domínios em Norfolk, na
véspera do 60.º aniversário do seu reinado. O jubileu de diamante da rainha
começa hoje a ser comemorado em toda a Commonwealth, ainda que os principais
festejos estejam apenas previstos para o Verão.
Aos 85 anos, Isabel II é já a segunda monarca que mais tempo esteve à frente
do trono britânico - só a sua trisavó, a rainha Vitória, a ultrapassa em
longevidade, tendo conduzido os destinos do que era ainda então um império
durante 63 anos. "O seu primeiro chefe de Governo foi Winston Churchill. A
maioria dos actuais ministros ainda não tinha nascido quando a rainha chegou ao
trono. Por isso, há pouco que ela não tenha visto, pouco que ela não perceba",
disse ontem o ex-primeiro-ministro John Major, numa entrevista à BBC.
E o reinado de Isabel II não poderia ter começado de forma mais insólita. A princesa, então com 25 anos, estava num parque natural do Quénia quando, a 6 de Fevereiro de 1952, foi informada da morte súbita do pai, o rei Jorge VI. O seu primeiro acto foi decidir o nome pelo qual pretendia passar a usar. "Isabel, claro", respondeu a jovem monarca, a segunda da história britânica a usar aquele nome.
A BBC lembrou que a rainha não tem por hábito celebrar a data, já que coincide com a morte do pai, mas neste ano assinalará o aniversário com visitas a uma creche e um arquivo histórico na região de Norfolk. Isabel II tem ali uma das suas residências, onde passou as últimas semanas enquanto o príncipe Filipe recuperava da intervenção coronária a que foi sujeito antes do Natal.
Para hoje estão previstas várias iniciativas, mas o grosso das celebrações fica adiado para o Verão, incluindo um desfile, em Junho, de mil embarcações pelo rio Tamisa, encabeçado pelo navio da rainha. Isabel II tem previstas várias deslocações pelo país e vários membros da família real visitarão os países da Commonwealth.
Mas a coroa evitará um fausto que seria mal interpretado em tempos de austeridade. Segundo o Daily Telegraph, a rainha será anfitriã de apenas duas festas nos jardins do Palácio de Buckingham, quando em anos anteriores realizava pelo menos três recepções. Um porta-voz do palácio disse, no entanto, ao jornal que a decisão se prende com o preenchido calendário de Londres neste Verão, quando a capital britânica acolhe os Jogos Olímpicos.
E o reinado de Isabel II não poderia ter começado de forma mais insólita. A princesa, então com 25 anos, estava num parque natural do Quénia quando, a 6 de Fevereiro de 1952, foi informada da morte súbita do pai, o rei Jorge VI. O seu primeiro acto foi decidir o nome pelo qual pretendia passar a usar. "Isabel, claro", respondeu a jovem monarca, a segunda da história britânica a usar aquele nome.
A BBC lembrou que a rainha não tem por hábito celebrar a data, já que coincide com a morte do pai, mas neste ano assinalará o aniversário com visitas a uma creche e um arquivo histórico na região de Norfolk. Isabel II tem ali uma das suas residências, onde passou as últimas semanas enquanto o príncipe Filipe recuperava da intervenção coronária a que foi sujeito antes do Natal.
Para hoje estão previstas várias iniciativas, mas o grosso das celebrações fica adiado para o Verão, incluindo um desfile, em Junho, de mil embarcações pelo rio Tamisa, encabeçado pelo navio da rainha. Isabel II tem previstas várias deslocações pelo país e vários membros da família real visitarão os países da Commonwealth.
Mas a coroa evitará um fausto que seria mal interpretado em tempos de austeridade. Segundo o Daily Telegraph, a rainha será anfitriã de apenas duas festas nos jardins do Palácio de Buckingham, quando em anos anteriores realizava pelo menos três recepções. Um porta-voz do palácio disse, no entanto, ao jornal que a decisão se prende com o preenchido calendário de Londres neste Verão, quando a capital britânica acolhe os Jogos Olímpicos.
Jornal Público (06-02-2012) - LER |
Isabel II festeja Jubileu de Diamante
Em plena popularidade, a rainha de Inglaterra, completa hoje 60 anos da ascensão ao trono.
A
Monarca, cuja quota atinge os 80% no seio dos súbditos celebra assim o
Jubileu de Diamante, aniversário só alcançado por outra monarca
britânica, a trisavó Rainha Vitória, em 1897.
A
data é simbólica, dado que as comemorações oficiais e populares estão
previstas para o primeiro fim de semana de junho, seguido de dois
feriados.
O
acontecimento mais formal terá lugar a 20 de março, quando Isabel II
fará um discurso pessoal aos deputados e lordes no edifício parlamentar
em Westminster.
A familia real tem passado por inúmeras provas, desde a chegada de Isabel II ao trono depois da morte do seu pai em 1952.
Os britânicos continuam a apreciar a sua rainha mas em termos de sucessao preferem claramente o principe Williams ao pai Carlos.
Aos 85 anos a monarca mantém-se longe dos rumores e mantém também todas as suas actividades de forma discreta.
PPM-Braga
Uma mulher, 60 anos de trono, 16 países, muitas festas
O jubileu de diamante do reinado de Isabel II festeja-se na
Primavera, mas é hoje que a Rainha cumpre 60 longos anos no trono. Foi
no dia 6 de Fevereiro, há precisamente 60 anos, que Isabel II ascendeu
ao trono deixado vago pela morte do seu pai, Jorge VI.
Isabel soube que o pai tinha morrido e que era rainha no Quénia, onde
se ecnontrava em visita oficial. Curiosamente, o primeiro país a fazer a
aclamação oficial de sucessão nem foi o Reino Unido, mas sim o Canadá,
realçando o peculiar facto de Isabel II ser rainha, simultaneamente, de
vários países diferentes - 16, neste momento.
Em todos estes estados, desde o Canadá à Austrália, passando pela
Jamaica e os Barbados, estão-se a preparar eventos para assinalar a
data, embora os festejos estejam pensados para o fim da Primavera,
altura em que, tradicionalmente, se festeja o aniversário oficial da
rainha (que não coincide com seu aniversário real) e em que Isabel II
foi coroada.
O programa mais exaustivo está pensado para o Reino Unido, onde será
decretado um feriado para Terça-feira, 5 de Junho, que se cola com um
feriado já determinado para o dia 4, o que resultará num fim-de-semana
de quatro dias para a maioria da população.
Além de festas de rua, que serão organizadas pelos súbditos mais
leais de Isabel II, haverá ainda muitos outros eventos, como um concerto
e um passeio de barcos no Tamisa, onde se espera a presença de mais de
mil embarcações. Serão ainda plantadas árvores em homenagem aos 60 anos
da ascensão da Rainha ao trono.
Este evento marcará o início de um Verão particularmente agitado em Londres, que recebe este ano os jogos olímpicos.
Festa por todo o mundo
Em Portugal as embaixadas
dos países que têm Isabel II como monarca não estão a preparar qualquer
evento em particular, embora fonte da embaixada britânica garanta que o
Jubileu não será esquecido na comemoração do aniversário da rainha. É
também expectável que a comunidade britânica residente em Portugal
organize alguns eventos.
O Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia são os outros reinos onde os
festejos serão mais marcados. Além de medalhas, selos e moedas
comemorativas, prevê-se ainda a realização de festas organizadas tanto
por entidades oficiais como por grupos de cidadãos.
Embora nestes países a existência da monarquia seja tema constante de
debate, a verdade é que a instituição continua a merecer o apoio da
maioria das populações e, mais que a própria monarquia, Isabel II é
vista com bons olhos pelos seus anos de dedicação e serviço apartidário.
Mas os reinos mais pequenos não serão esquecidos. Uma vez que a
rainha não pode visitar todos, os outros membros da Família Real estão a
desdobrar-se para ir ao maior número de locais possível. Assim, os
recém-casados príncipes William e Kate irão às Ilhas Salomão e a Tuvalu,
na Oceânia; o príncipe Harry vai ao Belize, à Jamaica e às Bahamas e os
príncipes Edward e Sophie vão a outros países das caraíbas.
À espreita do recorde
Com sessenta anos sob o
trono, Isabel II fica a menos de quatro anos de bater o recorde da
rainha Vitória, que reinou durante 63 anos e sete meses. Mesmo assim,
enquanto for vivo o rei da Tailândia, Isabel II não terá o recorde de
monarca reinante, uma vez que Bhumibol tem uma vantagem de quase seis
anos sobre a sua congénere inglesa sendo, ainda, um ano mais novo que
ela.
Por mais que os seus súbditos continuem a desejar-lhe longa vida,
Isabel II teria de viver até aos 105 anos, sem abdicar, para ultrapassar
os 82 anos que reinou Sobhuza II, que governou a Suazilândia durante
pouco menos de 83 anos.
Diário de Notícias (06-02-2012) LER |
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