"Maria Adelaide de Bragança descobre
o seu país. Um país pobre, de múltiplas carências. Visita as barracas
de Porto Brandão, os galinheiros onde vivia a mão-de-obra nos primórdios
da industrialização da margem sul. Cenários de muitas necessidades. De
profunda miséria. Uma revelação que a incomoda. Lança uma obra social, à
margem dos usos e costumes do regime. Com sentido prático e sem pose.
Chamou-lhe Fundação Don Nuno Álvares Pereira. E descobre também o
despovoamento intelectual do regime. Uma confrangedora falta de ideias e
iniciativas para quem, nascida em 31 de Janeiro de 1912 em
Saint-Jean-de-Luz, junto à fronteira hispano-francesa, sempre vivera na
activa Europa central da primeira metade do século passado."
Conhecendo-se a intensa actividade do
Senhor D. Duarte - caótica descolonização, apressado ingresso "de cruz"
na CEE, destruição do aparelho produtivo, liquidação do património e do
ambiente, incessante cooperação com a CPLP, aproximação às populações do
desertificado interior, perfeito conhecimento das zonas mais
abandonadas do país, etc -, convém que a população deste país comece a
entender o que é e o que significa a Casa de Bragança.
publicado por Nuno Castelo-Branco em Estado Sentido
Sem comentários:
Enviar um comentário