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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

GOA TORNOU-SE PORTUGUESA HÁ 512 ANOS


O controlo da Ásia por terra, e já não meramente por mar, foi a essência do plano estratégico de Afonso de Albuquerque para o oriente. Cortando com a anterior política portuguesa, que privilegiara a formação de amizades e alianças com potentados locais como modo de assegurar a presença lusa na Índia, Albuquerque quis fazê-la permanente através, por um lado, da posse de bases para a armada portuguesa e, por outro, dos mais relevantes portos comerciais do Oriente. Assim, dispôs-se a conquistar os pontos fundamentais do comércio asiático. Em 1507, lançou a sua primeira ofensiva sobre Ormuz. Perdê-la-ia depois por motivo de uma conjuração pró-Pérsia na cidade. Regressaria em 1515 para tomar posse definitiva da cidade. Malaca, a porta do comércio com a China e a Insulíndia, cairia nas mãos de Albuquerque em 1511; e sobre Áden, que Portugal queria para guarnecer o seu controlo do Mar Vermelho e do Bab el Mandeb, tentou-se um ataque inglório. Em sua substituição, Portugal tomou Socotorá.

A conquista de Goa inscrevia-se, pois, num plano amplo e bem pensado de implantação territorial. Embora tomá-la não tenha sido determinação do Rei Dom Manuel, Afonso de Albuquerque percebeu-a útil e colocou-a em prática. Goa, claro, era como nenhuma outra porto adequado à instalação dos portugueses. Porto muito próspero e influente, controlava parte significativa da exportação de especiaria indiana; para além disso, o facto de ser ilha tornava-a simples de defender. Para um império imenso e de tão poucos defensores - os portugueses jamais tiveram a Oriente mais que dois a cinco milhares de homens -, a facilidade da defesa e o potencial de fortificação eram as virtudes essenciais da sua futura capital. Ficou Goa, e Goa seria até 1961.

O avanço sobre Goa foi um dos mais extraordinários feitos das armas portuguesas; foi, até, um dos mais extraordinários triunfos militares alguma vez obtidos por uma potência europeia. A braços com todas as limitações que vive um Estado ainda em constituição, Albuquerque tinha poucos homens, nenhuma base verdadeiramente digna do nome na Índia - em Cochim tinha-se apenas um forte e outras instalações rudimentares - e navios exaustos, quebrados, carcomidos pela bicharia, com que impor-se em mar e terra. Albuquerque venceu ainda assim. Por um lado, soube explorar admiravelmente as opções que lhe abria a diplomacia e a colaboração. O mito de um Albuquerque indisponível para a diplomacia, obtuso e fanático morre, desde logo, com a memória da aliança entre os portugueses e diversos elementos locais para esse grande feito que foi Goa. Muito ganharam os portugueses através do alistamento na causa do pirata hindu - e súbdito português - Timoja. Foi ele quem fez dos goeses hindus, submetidos então ao Islão e por ele oprimidos, amigos e aliados da bandeira portuguesa. A revolta destes hindus contra o Sultão de Bijapur não fez, seguramente, a vitória portuguesa. Mas deu-lhe bom auxílio.

A 1 de Março, Afonso de Albuquerque desembarcou em Goa. Tomou-a sem violências, saques ou depredações. Prometeu-se liberdade e protecção a todas as minorias religiosas. Instalou-se nova administração, cunhou-se moeda, instalou-se o governo, nasceu, na essência, um Portugal novo e distante. Tudo isto sofreria pausa com o contra-ataque muçulmano meses mais tarde. Surgiram frente a Goa 40 000 homens e os portugueses, após duro combate e contra a vontade de Albuquerque, foram obrigados a retirar-se para os seus navios. Ficaram no Rio Mandovi, ao largo de Goa, durante meses de intenso bombardeamento de Bijapur. Os portugueses acabaram presos no Mandovi, pois a monção, que entretanto chegara, impedia retiradas. Mas, embora sob o cerco combinado da artilharia, da fome, das doenças e da chuva, os portugueses - e Albuquerque - resistiram. A 25 de Novembro, já o grande capitão regressava a Goa e, entrando nela subitamente e sem aviso, conquistou-a. As forças defensoras, muitas vezes superiores em número, terão desesperado ao verem a bandeira portuguesa numa das torres das muralhas. Em pânico e julgando-se perdido, fugiram para o continente a correr ou a nadar. Pelo dia 10 de Dezembro, Goa era portuguesa.

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RPB

Os 512 anos da conquista portuguesa de Goa



Afonso de Albuquerque, Governador da Índia portuguesa, encontrava-se no início de 1510 com uma força composta por 23 navios e cerca de 4000 soldados. A expedição partiria para o Mar Vermelho no final de janeiro, tendo ancorado na cidade de Honavar, onde Albuquerque seria abordado pelo famoso corsário Timoji, que três anos antes se havia aliado a D. Francisco de Almeida na defesa de Cananor, auxiliando no abastecimento da fortaleza durante o cerco.

Timoji revelaria a Albuquerque que seria perigoso partir para o Mar Vermelho, pois o Sultão de Bijapur, Adil Khan, reunira em Goa o que restava da expedição que tentara reconquistar Diu aos portugeses, tendo-a reforçado com novos navios, com o intuito de derrotar as forças portuguesas. Timoji e Albuquerque concordaram em conquistar Goa, tendo o Governador convencido os seus capitães de que esta ação seria essencial para garantir a presença portuguesa na região.

A 16 de fevereiro, a Armada portuguesa, apoiada por 2000 homens de Timoji, conquistaram o Forte de Pangim, defendido pelo mercenário turco Yusuf Gurgij.

Em Pangim, Albuquerque receberia enviados das figuras mais importantes de Goa, tendo-lhes proposto a liberdade religiosa e redução dos impostos, caso aceitassem a soberania portuguesa sobre a cidade. Os goeses declarariam então que concordavam com os termos e as tropas Albuquerque ocupariam formalmente Goa a 17 de fevereiro de 1510, sem encontrar resistência. O Governador português afirmou aos seus homens que a cidade não deveria ser saqueada e que os habitantes não deviam ser feridos, sob pena de morte a quem desrespeitasse esta ordem.

Sabendo que o Sultão de Bijapur deveria retaliar, Albuquerque iniciaria a preparação da defesa da cidade, tendo ampliado as muralhas, construído mais depósitos de armas e mantimentos e disposto as tropas pelos cinco pontos de passagem para a ilha.

Enquanto estes preparativos decorriam, Adil Shah, novo Sultão de Bijapur, enviaria um contingente de 40000 soldados, comandados pelo general turco Pulad Khan, com ordens de conquistar Goa aos portugueses. Estas tropas derrotariam as de Timoja no continente e ficaram à espera de que a monção prendesse os portugueses, para poderem assaltar a ilha.

Com a chegada das chuvas das monções, a situação portuguesa tornar-se-ia crítica, já que muitos soldados pereceram e os alimentos se deterioraram. Pulad Khan lançaria o ataque a 11 de maio, levando os portugueses a recuar apressadamente para as muralhas da cidade, com a ajuda dos seus aliados hindus.

Apesar de vários capitães terem proposto a Albuquerque que deitasse fogo à cidade para permitir a retirada portuguesa, o Governador recusaria, tendo ao invés ordenado que se cobrissem as ruas de cobre e especiarias, para atrasar a perseguição das forças inimigas. A 31 de maio, os cerca de 500 portugueses embarcariam sob fogo inimigo, tendo Ismail entrado de forma triunfante na cidade.
No rio Mandovi, sujeitos à fome, sede e a bombardeamentos da artilharia inimiga, o cronista João de Barros escreveria que “assim, por fome e sede por um lado e pela guerra, relâmpagos e trovoadas de Inverno por outro, o povo foi tão atingido que alguns se desesperaram”.

Afonso de Albuquerque percorria todos os navios com o intuito de elevar o moral das tropas, mas a sua relação com alguns dos capitães deteriorar-se-ia.

Em agosto, a Armada conseguiria partir para a Ilha Angediva para abastecer, tendo Albuquerque juntado os quatro navios de Diogo Mendes de Vasconcelos à sua frota. Entretanto, Ismail havia deixado Goa, tendo uma insurreição ocorrido na cidade.

A 24 de novembro, Albuquerque convocaria um conselho, onde partilhou com os seus capitães as suas intenções de assaltar a cidade num ataque em três frentes, uma comandada por si, outra por Diogo Mendes de Vasconcelos e a terceira por Manuel de Lacerda.

Na manhã de 25 de novembro, há exatos 511 anos, as forças portuguesas desembarcaram em Goa, tendo a desordem sido instaurada entre os defensores. Num último esforço para organizar a defesa, alguns soldados reuniram-se em torno do palácio de Adil Shah, mas seriam destruídos por um segundo ataque português comandado por Vasconcelos.

Após cinco horas de luta, os inimigos dos portugueses bateriam em retirada, confirmando a vitória portuguesa, com cerca de 50 baixas, contra 6800 dos homens de Shah.

Os estaleiros, armazéns e artilharia seriam revertidos para a Coroa portuguesa, mas a propriedade dos hindus, aliados dos portugueses desde o primeiro momento, manter-se-ia na sua posse.

Sob o governo de Albuquerque, os habitantes de diferentes comunidades religiosas seriam autorizados a viver de acordo com as suas tradições, com a única exceção para a prática do sati, que obrigava as esposas viúvas a sacrificar-se vivas na fogueira da pira funerária de seu marido morto, que seria prontamente proibida.
Albuquerque instituiria ainda um fundo para órfãos e abriria um hospital, o Hospital Real de Goa, tendo promovido ainda uma política de miscigenação, encorajando os seus homens a contraírem matrimónio com mulheres goesas.

As políticas de Albuquerque e o seu caráter justo levaram a que fosse imensamente respeitado tanto pelos portugueses como pelos nativos, sendo que o seu túmulo na ermida de Nossa Senhora da Serra seria convertido em santuário pelos hindus locais, que ali deixavam flores, até os seus restos mortais serem devolvidos a Portugal em 1566.
Miguel Louro
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Nova Portugalidade

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