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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 24 de junho de 2023

BATALHA DE SÃO MAMEDE - GUIMARÃES, 24 DE JUNHO DE 1128

Aqui, há 895 anos, teve início a História de Portugal!

Após a morte de D. Henrique, em 1112, fica D. Teresa a governar o condado, pois achava que este lhe pertencia por direito, mais do que a outrem, já que lhe tinha sido dado por seu pai na altura do casamento. Associou ao governo o conde galego Bermudo Peres de Trava e o seu irmão Fernão Peres de Trava. Terá até talvez casado em segundas núpcias com Bermudo, do qual terá tido uma filha.

A crescente influência dos condes galegos no governo do condado Portucalense levou à revolta verificada em 1128, protagonizada pela grande maioria dos infanções do Entre Douro e Minho. Estes escolheram para seu caudilho, D. Afonso Henriques, filho de D. Henrique e de D. Teresa.

Na batalha de São Mamede defrontam-se os exércitos do conde Fernão Peres de Trava e o dos barões portucalenses. Estes últimos quando venceram Fernão Peres pretendiam apenas obriga-lo a ceder o governo do condado portucalense ao príncipe herdeiro.

A intervenção dos barões portucalenses, liderada pelos senhores de Sousa e de Ribadouro, resultava de um longo percurso, ao longo do qual as linhagens de Entre Douro e Minho tinham solidificado o poder que exerciam na região. Pretendiam, como desde o tempo da condessa Mumadona Dias ocupar um lugar que não estivesse subordinado a ninguém, a não ser uma autoridade local em serviço dos seus interesses. O jovem herdeiro do condado servia exactamente a essa pretensão. Após a vitória Afonso Henriques tomou a autoridade com todo o vigor.

Afonso VII de Leão, ocupado com as vicissitudes da política leonesa, não atribui importância a esta mudança de poder no condado, e limita-se a aceitar o preito de fidelidade de D. Afonso Henriques em 1137. Porque isso contribuía para engrandecer o prestígio do imperador Afonso VII, a chancelaria leonesa não hesita em atribuir o título de rei ao príncipe português. Podia assim Afonso VII afirmar a sua condição de imperador, o qual tem reis por vassalos.

Entre os pricipais barões portucalenses que participaram na batalha de São Mamede ao lado de D. Afonso Henriques, estão Soeiro Mendes de Sousa «O Grosso» (1121-1137), Gonçalo Mendes de Sousa «Sousão» (1154-1167), Egas Moniz de Ribadouro «O Aio» (1108-1146), Gonçalo Mendes da Maia «O Lidador» e outros.

Não obstante a importância do Tratado de Zamora e da Bula Manifestis Probatum que se lhe seguiram, esta peleja vitoriosa, "A Primeira Tarde Portuguesa" como lhe chamaram, é, indelevelmente, o primeiro e determinante momento da afirmação da independência de Portugal.


“AQUI NASCEU PORTUGAL”

O “Berço de Portugal” é a SÉ DE BRAGA!

Afonso Henriques, para enfrentar a sua mãe, Dona Teresa, teve que ir à cidade de BRAGA pedir HOMENS, ao Arcebispo Dom Paio Mendes, para vencer a batalha mais importante da sua vida: São Mamede, que se deu a 24 de Junho do ano 1128, perto da vila de Guimarães.

Este facto, muito pouco divulgado, está comprovado num documento que está guardado no Arquivo Distrital de Braga. Neste manuscrito, datado do dia 27 de Maio de 1128, podemos observar as assinaturas legíveis de Dom Afonso Henriques e de Dom Paio Mendes.

Se a história popular criou o mito de Guimarães como berço da nacionalidade, há a acrescentar que foi em Braga que tudo se definiu.

Em Braga concretizou-se o plano, e em Guimarães os HOMENS DE BRAGA ganharam a batalha.

“Aqui nasceu Portugal” pode ser aplicado a BRAGA, com toda a legitimidade!

Associação dos Autarcas Monárquicos


♔ | Batalha de São Mamede - 24 de Junho de 1128

Há 895 anos, nesse 24 de Junho de 1128, acontecia ‘A primeira tarde portuguesa’ - uma legenda feliz para traduzir o pensamento de Alexandre Herculano acerca da importância da batalha de S. Mamede enquanto momento fundador da construção da nacionalidade portuguesa. Sim, o Dia Um de Portugal, que num acto de vontade do mais corajoso Infante da Cristandade se conquistou e fundou nessa Batalha de São Mamede, em Guimarães - 'in campo Sancte Mametis quod est prope castellum de Vimaranes' -, onde o Infante Dom Afonso Henriques, à cabeça dos barões portucalenses, se torna Princeps ao derrotar a facção estrangeira capitaneada pela própria Mãe.


Quando o Conde D. Henrique faleceu, em 1112, o governo do condado foi assumido por Dona Teresa, uma vez que, o Infante D. Afonso Henriques, o filho de ambos, tinha apenas três anos de idade.


Mais tarde, Dona Teresa associa ao governo Fernão Peres de Trava, que Dona Teresa faz de seu valido. Fernão Peres de Trava (em castelhano: Fernando Pérez de Traba; c. 1100 - Santiago de Compostela, 1 de novembro de 1155) foi um nobre galego, conde de Trava e Trastâmara, que passados uns anoa após a morte do Conde D. Henrique passa a viver maritalmente com D. Teresa.


A relação da ‘rainha’ - apesar de ser apenas Condessa, D. Teresa, que entendia que Portucale era seu e não do marido o Conde D. Henrique, a partir de 1117 passa a assinar como “Ego Regina Taresia de Portucale regis Ildefonssis filia” - com o nobre galego acicata contra si a reprovação do filho, os ódios da nobreza portucalense afastada do círculo de poder e da administração, a antipatia do povo que recordava com carinho D. Henrique e do clero que exigia outro tipo de comportamento à princesa da Hispânia, fazendo explodir o movimento independentista, visto que já pelo menos há um século que o Condado Portucalense se achava autónomo.


Com a oposição dos Três Estados Portucalenses àquele governo estavam reunidas as condições para ser afastada a auto-intitulada Rainha D. Teresa, e, no dia 24 de Junho de 1128, à dianteira dos barões e fidalgos portucalenses (onde se destacavam os Maias, os Sousões; os Braganções; os Baiões; e os Gascos ou de Riba Douro), Dom Afonso Henriques defronta no campo de São Mamede, perto de Guimarães as forças galegas comandadas pela Mãe e pelo seu valete Fernão Peres de Trava, defensores de uma união de Portucale com a Galiza, derrotando-os naquela que ficou conhecida pela Batalha de São Mamede e que foi o primeiro passo para a construção de uma identidade colectiva e acto politico fundamental para a futura Fundação da Nacionalidade Portuguesa, uma vez que o Infante Dom Afonso Henriques avoca a si o governo do Condado Portucalense, com pretensões de independência, embora não se denominando ainda Rex, mas Dux.


Com a derrota, Teresa de Leão e Fernão Peres abandonaram o governo condal, que ficou então nas mãos do Infante e dos seus partidários, e que pretendiam a independência total face ao Reino de Leão.


Nasce assim, Portugal, embora a Fundação da Nacionalidade ocorra só na Batalha de Ourique, a 25 de julho de 1139, o dia consagrado a Santiago onde as tropas de D. Afonso Henriques alcançaram uma grande vitória sobre ou mouros. A Independência em relação ao Reino de Leão ocorreria em 5 de Outubro de 1143 e, finalmente, o reconhecimento internacional, depois de longas negociações diplomáticas, com a Bula Manifestis Probatum, de 23 de Maio de 1179, em que o Papa Alexandre III reconhece, de direito, o Reino de Portugal e o título de Rei (Rex Portucalensis) a D. Afonso Henriques, por ter ficado provado que os seus feitos o mereciam – manisfestis probatum.


Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica 






BATALHA DE SÃO MAMEDE
A Batalha de São Mamede foi uma batalha travada a 24 de Junho de 1128, entre D. Afonso Henriques e as tropas dos barões portucalenses contra as tropas do Conde galego Fernão Peres de Trava, que se tentava apoderar do governo do Condado Portucalense. As duas facções confrontaram-se no campo de São Mamede, perto de Guimarães.
Quando o conde D. Henrique morreu, em 1 de Novembro de 1112, fica D. Teresa a governar o condado, pois achava que este lhe pertencia por direito, mais do que a outrem, porque o seu pai lhe teria dado o território na altura do casamento. Associou ao governo o conde galego Bermudo Peres de Trava e o seu irmão Fernão Peres de Trava. A crescente influência dos condes galegos no governo do condado Portucalense levou à revolta verificada em 1128. Os revoltosos escolheram para seu líder D. Afonso Henriques, filho de D. Henrique e de D. Teresa.
Com a derrota, D. Teresa e Fernão Peres abandonaram o governo condal, que ficou então nas mãos do infante e dos seus partidários, o que desagradou ao Bispo de Santiago de Compostela, Diogo Gelmires, que cobiçava o domínio das terras. D. Teresa desistia assim da ambição de ser senhora de Portugal. Há rumores não confirmados que ela teria sido aprisionada no Castelo de Lanhoso. Há até quem relate as maldições que D. Teresa rogou ao seu filho D. Afonso Henriques
fonte: Wikipédia


O ESCUDO D'EL-REY D. AFONSO HENRIQUES
(Cadeiral manuelino do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra)

Segundo a tradição, o próprio monarca entregou ao cuidado dos monges que mantinham o cristianismo bem antes da fundação da nacionalidade, o escudo com que venceu os combates contra os infiéis.
Este mesmo escudo foi levado por D. Sebastião para Alcácer Quibir.
«Eu me tenho pubricado em e deuer de fazer por mim por amor de Nosso senhor e ua empresa em África, por muitas e mui grandes razoës, mui importantes ao bem de meus reinos e de toda A espanha, de que táóbem resulta beneficio a Christandade; o que me pareceo escreueruos assi Gérai emcomendardes a Nosso Senhor o bom sucesso da empresa, que por seu seruiço faço, como gérai uos direi que desejo leuar nella a espada e escudo daquelle grande e ualeroso primeiro Rey deste Reyno D. Affonso Henriques, cuja sepultura esta neste Mosteiro, porque espero em Nosso senhor que corn estas armas me de as uictorias que el Rey D. Affonso corn ellas teue; pelo que uos encomendó muito que logo mas enuieis por dous Religiosos desse conuento que pera isso elegereis E como embora tornar, as tornarei a enuiar a este Mosteiro pera as terdes na ueneraçaô" e guarda que E deuida a cujas forao, e pera que entendais que as nad quero senao emprestadas pera o effeito que uou e de quad grande contentamento isto da pera mim (?).

Escrita em Lisboa a 14 de Marco de lb?8
Rey»


A PRIMEIRA TARDE PORTUGUESA

No ano em que se comemoram os 917 anos do nascimento de D. Afonso Henriques, e enquanto Guimarães e Viseu disputam afanosamente o seu berço, venho falar-vos do nascimento de Portugal, assunto que se confunde com a vida do nosso primeiro monarca.

José Mattoso considera que a batalha de São Mamede foi o acto fundador da nacionalidade. Esta batalha teve lugar em 24 de Junho de 1128 e resulta do choque de dois contendores que se opunham há muito anos, muito antes de D. Afonso Henriques assumir a chefia desta facção. A tensão entre por um lado a fidalguia do Ribadouro (região entre o Rio Douro e o Rio Minho) cabeça do Condado Portucalense e com forte pendor autonomista, e por outro o partido de D. Teresa, que após a sua união com Fernão Peres de Trava (da principal família galega) mudou a sua posição autonomista para uma mais integracionista no Reino de Leão.

O conflito surgiu em 1120/1121 com a substituição dos fidalgos do Ribadouro nos postos chave do condado, por Galegos ligados à família Trava. Com o infante a ser educado para governar, é normal que esta fidalguia tenha visto em D. Afonso Henriques o estandarte para a luta armada, cujo prólogo teve lugar em 1127 com o cerco de Guimarães, e que teve o seu momento culminante em 1128 com a Batalha de São Mamede no lugar de São Redanhas, actualmente Creixomil, onde as forças do Infante rebelde saíram vitoriosas.

Dizer que Portugal nasceu nesta data, apenas por se ter substituído a pessoa que governa o condado, parece-me exagerado. No entanto foi, a meu ver, o início da consciência pátria que daria lugar à constituição do reino.

Outra data evocada neste trajecto é o dia 25 de Julho de 1139 (dia de Santiago), data da Batalha de Ourique. Não entrando no terreno ardiloso da definição do local da batalha (sobre o qual já me debrucei noutros posts), foi nesta batalha que, segundo a tradição, D. Afonso Henriques assumiu, antes da batalha e a pedido da sua horde, o título de Rei de Portugal. Não será possível confirmar esta versão, no entanto a partir de 1140 D. Afonso Henriques começa a assinar os documentos na condição de Rei. Também não creio que tenha sido aqui que nos tenhamos tornado um país independente, uma vez que esta vitória nada altera a relação de suserania face a Leão e a Afonso VII.

Depois de Ourique, D. Afonso Henriques, que não era Homem nem para se conformar com as derrotas nem para se acomodar com as vitórias, volta à carga na Galiza (5ª invasão!) e a primeira desde o desastre de 1137, violando claramente o pacto de Tui. Esta 5ª invasão foi plenamente vitoriosa e seriam estas vitórias militares que levaram mais tarde ao tratado de Zamora, assinado em 5 de Outubro de 1143, e que Alexandre Herculano considera o acto fundador da nacionalidade.

Mais uma vez estou em desacordo. O que ficou estabelecido com o Tratado de Zamora foi que D. Afonso VII reconhecia D. Afonso Henriques como Rei de Portugal e que lhe concedia o senhoria de Astorga. É evidente que a concessão de Astorga se trata de um presente envenenado, porque representa a a manutenção da relação de suserania face ao monarca leonês, o que invalida a tese da separação de Leão. O próprio reconhecimento do título de Rei também não significa que este fosse independente, uma vez que D. Afonso VII se tinha feito coroar Imperador das Espanhas (cerimónia à qual D. Afonso Henriques não marcou presença), e o facto de ter mais um Rei na sua dependência (à semelhança de Aragão e Navarra) até lhe aumentava o prestígio.

Após a assinatura do Tratado de Zamora, D. Afonso voltou-se para a Santa Sé, como forma de quebrar os laços de vassalagem para Leão. Assim, em carta de 1143, vai colocar-se nas mãos da Santa Sé, propondo a sua vassalagem, tendo o cuidado de colocar na missiva a condição da dependência de nenhum outro poder que não seja o de Roma.

Mais uma vez, D. Afonso Henriques violou um pacto com Leão, mas o que é certo é que veio a colher os frutos do seu arrojo com o reconhecimento implícito por Lúcio II na bula Devotionem Tuam.

Coloco-me ao lado de Diogo Freitas do Amaral ao considerar este foi o acto fundador da independência nacional, apesar de a confirmação explícita apenas ter surgido quase no final de vida do nosso primeiro Rei com a Bula Manifestis Probatum de 1179.

Independentemente do momento em que nos tornámos uma pátria, existe uma certeza quanto à sua paternidade, e essa é legitima e reconhecidamente de D. Afonso Henriques. É por este motivo que estranho a ausência de comemorações oficiais no ano em que se cumprem 900 do seu nascimento (aceitando 1109 como data provável, mas não conclusiva), por comparação com o espalhafato do centenário da República.

Será o regime mais importante do que o país? Será que o golpe palaciano da República se compara aos feitos militares, diplomáticos e governativos de D. Afonso Henriques. Será mais fácil substituir o Rei por um Presidente, ou fazer nascer um país que quase 9 séculos depois ainda existe e que deixou uma marca indelével pelos 5 continentes, com mais de 235 milhões de falantes da nossa língua pátria?

Eu creio que não!

Viva Portugal!

Rui Romão 


O AIO - Egas Moniz de Ribadouro

Na Crónica dos Cinco Reis, refere-se que, num primeiro momento, D. Afonso Henriques teria sido derrotado e quando se retirava do campo, indo a uma légua de Guimarães, encontrou Egas Moniz, que lhe diz:

"Tornai e eu convosco e prenderemos vosso padrasto e vossa madre. E então se tornaram à batalha e a venceram".

Esta foi também a factualidade aceite por Luís de Camões e vertida no canto VIII, estância 13.ª, de Os Lusíadas, nos seguintes termos:

"Este que vês olhar, com gesto irado
Para o rompido aluno mal sofrido
Dizendo-lhe que o exército espalhado
Recolha, e torne ao campo, defendido
Torna o Moço, do velho acompanhado
Que vencedor o torna de vencido
Egas Moniz se chama o forte velho
Para leais vassalos claro espelho".



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