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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 30 de junho de 2023

QUANDO NASCEU PORTUGAL ?

Quando e como nasceu Portugal? Se tivéssemos que festejar o nosso aniversário enquanto povo e país, qual seria o dia correcto? As hipóteses são várias e nenhum historiador poderá afirmar com toda a certeza qual delas seria a correcta, talvez porque a formação de Portugal se fez em diferentes passos e graças a uma sequência de vários acontecimentos. No entanto, se pretendêssemos traçar um cronologia do nascimento de Portugal, estas seriam as datas cruciais.

1- 24 de Junho de 1128

A Batalha de São Mamede foi uma batalha travada a 24 de Junho de 1128, entre D. Afonso Henriques e as tropas dos barões portucalenses contra as tropas do Conde galego Fernão Peres de Trava, que se tentava apoderar do governo do Condado Portucalense. As duas facções confrontaram-se no campo de São Mamede, perto de Guimarães.

Quando o conde D. Henrique morreu, a 1 de Novembro de 1112, fica D. Teresa a governar o condado, pois achava que este lhe pertencia por direito, mais do que a outrem, porque o seu pai lhe teria dado o território na altura do casamento. Associou ao governo o conde galego Bermudo Peres de Trava e o seu irmão Fernão Peres de Trava.A crescente influência dos condes galegos no governo do condado Portucalense levou à revolta verificada em 1128. Os revoltosos escolheram para seu líder D. Afonso Henriques, filho de D. Henrique e de D. Teresa.

Com a derrota, D. Teresa e Fernão Peres abandonaram o governo condal, que ficou então nas mãos do infante e dos seus partidários, o que desagradou ao Bispo de Santiago de Compostela, Diogo Gelmires, que cobiçava o domínio das terras. D. Teresa desistia assim da ambição de ser senhora de Portugal. Há rumores não confirmados que ela teria sido aprisionada no Castelo de Lanhoso. Há até quem relate as maldições que D. Teresa rogou ao seu filho D. Afonso Henriques.

2- 25 de Julho de 1139

A Batalha de Ourique ocorreu a 25 de Julho de 1139, num local que as fontes denominam de Ourique (Aulic, Oric, Ouric), que na altura estaria no território controlado pelos muçulmanos (tunc cor terrae sarracenorum). No terreno defrontaram-se as forças “portuguesas” lideradas por D. Afonso Henriques, que havia partido de Coimbra, contra cinco “reis” mouros: Sevilha, Badajoz, Évora, Beja e um quinto de nome Ismar, que alguns autores pensam ser o alcaide de Santarém e outros de Elvas, sendo apenas esta uma das muitas dúvidas que envolvem esta importante batalha.

Foram as vitórias militares que asseguraram a D. Afonso Henriques, um território suficientemente vasto para se afirmar como um Reino, e foram estas também que permitiram que o Reino de Portugal fosse reconhecido internacionalmente como tal. Destas vitórias, Ourique é sem dúvida a mais importante, pois foi a partir desta que Afonso Henriques passou a utilizar o título de Rei (Rex).

3- 5 de Outubro de 1143

No dia 5 de Outubro de 1143 foi assinado em Zamora, um tratado entre os reis D. Afonso Henriques de Portugal e D. Afonso VII de Leão e Castela do qual resultou a paz entre os dois reinos.

A partir desta data, o rei de Leão e Castela reconhece o rei e o reino de Portugal como entidades independentes, contudo, salvaguarda o facto de o reino de Portugal, continuar sob a alçada do monarca espanhol, como seu imperador (Imperatore).

Esta data, marca assim, a Independência de Portugal e o inicio da primeira dinastia Afonsina.

A soberania portuguesa reconhecida por Afonso VII no Tratado de Zamora, veio a ser confirmada, mais tarde, em 1179 pelo Papa Alexandre III (Bula Manifestis Probatum). D. Afonso Henriques perante o Cardeal Guido de Vico compromete-se a tornar-se vassalo da Santa Sé mediante o pagando um censo anual de quatro onças de ouro, ele e os seus descendentes.

4- 23 de Maio de 1179

Manifestis probatum foi uma bula emitida pelo Papa Alexandre III, a 23 de Maio de 1179, que declarou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão, e D. Afonso Henriques, o seu soberano. Esta bula reconheceu a validade do Tratado de Zamora, assinado a 5 de Outubro de 1143 em Zamora, pelo rei de Leão, e por D. Afonso Henriques.

Deste modo, o Papa, atendendo às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo, toma D. Afonso Henriques «sob a protecção de São Pedro e a nossa», concede e confirma por autoridade apostólica ao seu domínio o Reino de Portugal com todas as honras inerentes à realeza, bem como as terras que arrancara das mãos dos sarracenos e nas quais não podiam reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos. O privilégio estende-se a todos os seus descendentes, prometendo o Papa defender esta concessão com todo o seu poder supremo.”

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