No entanto, na zona da região anteriormente designada por Estremadura, foi onde os Fenícios iniciaram o plantio de vinha em larga escala, devido à sua posição bastante favorável quer em termos geográficos, quer em termos edafo-climáticos.
Na altura, a Civilização Fenícia entrou em declínio, enfraquecida pelas Guerras Púnicas, sendo sucedida pelas Civilizações Egípcia, Grega e Romana.
Primeiro o Egipto, onde a cultura de vinha se processava em espaldares, havendo inúmeras gravuras alusivas quer à cultura e produção de vinho, quer ao seu transporte, sinónimo da grande importância que tinha para esta civilização.
Da Grécia é de onde verdadeiramente se iniciaram estudos muito mais aprofundados, como os locais mais adequados para o plantio de vinha, as castas, a condução das latadas, a poda, a produção e conservação de vinho. Conseguiu-se produzir néctar dos deuses de forma mais racional e de muito melhor qualidade!
Para o transporte marítimo eram utilizadas as ânforas, muito procuradas ainda hoje quando se trata de estudos e procuras arqueológicas. Havia ainda o transporte em odres que davam mau aroma ao vinho, levando assim, à adição de resina, solução encontrada na época, conduzindo ao termo “retsina”.
O destino da produção vínica grega era até o Imperador Augusto, da Civilização Romana. Devido à grande atividade militar, o cultivo das terras assumia um papel secundário.
Mais tarde os Romanos dedicaram-se verdadeiramente quer ao cultivo da vinha quer ao aperfeiçoamento da produção de vinho.
No caso da Península Ibérica, o interesse especial e legado de conhecimento foi deixado pelos Romanos, dado o muito longo tempo em que permaneceram por estas paragens: natureza dos solos, a sua preparação para a cultura da vinha, a multiplicação das plantas, o sistema de condução e a poda, a enxertia, as fertilizações, os tratamentos, e até o rigor na definição da data da vindima.
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