A divisão entre sunitas e xiitas ocorreu no século 7 após a morte do Profeta Maomé.
Os xiitas acreditavam que os parentes do Profeta deviam sucede-lo, enquanto sunitas queriam que líderes sem laços sanguíneos fossem escolhidos.
Um 3º grupo também surgiu: os ibadis defendiam que o líder religioso devia ser escolhido por causa seu conhecimento e não linhagem. Hoje, os ibadis são numerosos em países como Omã, Argélia, Tunísia, Líbia e no norte e leste africano.
Os sunitas compõe 85% dos 1,6 bilhões de muçulmanos do mundo, enquanto os xiitas são minoria, concentrando-se principalmente no Irão, Azerbaijão, Bahrein e Iraque.
O Irão agrupa o maior número de xiitas no mundo - uma nação que foi de um "país laico" (ocupado pelos britânicos) para um teocracia islâmica no seu processo de independência em 1979.
Devido a Revolução Islâmica, o acontecimento criou a impressão de que os xiitas seriam o grupo mais "radical" do islamismo.
Contudo, isso não é verdade. Hoje, mais da maioria dos grupos considerados terroristas são de vertentes sunitas, como o salafismo ou wahhabismo.
Enquanto isso, o rival político e religioso do Irão, Arábia Saudita, considera-se a nação sunita mais importante do mundo, com cidades sagradas como Meca e Medina.
Assim, o Irão e Arábia Saudita travam guerras políticas e culturais para diminuir a influência do sunismo/xiismo no Oriente Médio.
Para o Irão, essa influência envolve apoio militar de guerrilhas xiitas para derrubar governos sunitas vizinhos em países como Jordânia, Egipto ou Iêmen.
No caso da Arábia Saudita, o país financia a queda de governos xiitas como do seu rival Irão, além do Iraque e Líbano, conflitos conhecidos como Guerras Proxy.
Sunitas e xiitas também possuem diferentes interpretações dentro de suas próprias comunidades. Há diferentes jurisprudências do sunismo, como o Hanafismo, Shafi'i, Maliqui e Hanbali e também no xiismo, com a jurisprudência Ismaili, Jafari, ou Zaidi.
Há também outros grupos islâmicos como os Ahmadi e Coronistas, mas não estão no mapa.
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