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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 18 de junho de 2023

EM 17 DE JUNHO DE 1463 MORRIA DONA CATARINA DE PORTUGAL, FILHA DO REI DOM DUARTE I

 
Dona Catarina, Infanta de Portugal, * Lisboa, 26.11.1436 - † Lisboa, 17.06.1463, era filha de Dom Duarte, Rei de Portugal (*1391 - †1438) e de Dona Leonor, Infanta de Aragão (*1402 - †1445); Neta paterna de Dom João I, Rei de Portugal (*1357 - †1433) e de Dona Filipa de Lancastre (*1360 - †1415) e neta materna de Fernando I, Rei de Aragão (*1380 - †1416) e de Leonor Urraca de Castela, Condessa de Alburquerque (*1374 - †1435).
Dona Catarina de Portugal era prima dos Reis Católicos, Isabel e Fernando, e era tia e cunhada de Dona Joana, "a Beltraneja", Infanta de Espanha. Eram seus irmãos: O futuro Rei Dom Afonso V de Portugal, sucessor do pai; Dom Fernando, Duque de Viseu; Dona Leonor, Imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico e Dona Joana, Rainha de Castela. Foi prometida em casamento a Carlos IV de Navarra, Príncipe de Viana, mas este faleceu prematuramente a 23 de Setembro de 1461. Depois de casadas suas irmãs Dona Leonor e Dona Joana, e como seu irmão Dom Afonso V já não tinha interesse em formar outras alianças políticas, Dona Catarina passou a levar uma vida religiosa no convento de Santa Clara. Era uma infanta muito culta, autora de muitos livros relacionados com a moralidade e a religião.
Dona Catarina faleceu aos 26 anos, em Lisboa, a 17 de Junho de 1463 e foi sepultada no Convento de Santo Elói, convento este que pertencia à Congregação dos Cónegos Seculares de São João Evangelista (vulgarmente conhecidos por Lóios), sendo uma das casas mais protegidas pelo poder régio e aí se realizaram por várias vezes reuniões do braço da nobreza em Cortes.
D. Jorge da Costa, cardeal de Alpedrinha, mandou construir um mausoléu na igreja do convento para albergar os restos mortais da infanta. Este túmulo foi transferido ainda antes do terramoto para o Convento do Beato (Lisboa). Em finais do Século XVII, a antiga Igreja de Santo Elói foi demolida, dando lugar a uma nova construção, sob a direcção do arquitecto João Antunes. Por esta época, o convento albergaria cerca de meia centena de religiosos e, em termos económicos, seria a segunda casa mais importante da Congregação, depois de Vila de Frades.
O edifício do Convento de Santo Elói ficou bastante danificado com o Terramoto de 1755 e os cónegos foram provisoriamente transferidos para o Convento de São Bento de Xabregas (Convento do Beato), casa e sede da Congregação situada nos arredores de Lisboa.
Em 1834, no âmbito da "Reforma Geral Eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar (1792-1884), executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas. Quando extinto, não estava ainda concluída a reconstrução do convento. Aqui se instalou a 5ª Companhia da Guarda Municipal, mais tarde Guarda Nacional Republicana tendo as celas passado a casernas acabando também o convento por perder todo o aspecto interior e exterior, devido às obras de adaptação às novas funções. Neste momento todo o conjunto dos edifícios encontra-se desocupado.
Hoje o túmulo da infanta repousa no Convento do Carmo, em Lisboa, no âmbito da criação do Museu Arqueológico do Carmo, fundado em 1864 pelo primeiro presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Joaquim Possidónio Narciso da Silva (1806-1896). Foi o primeiro museu de Arte e Arqueologia do país, e nasceu dos objectivos de salvaguarda do património nacional que se ia delapidando e deteriorando, em consequência da extinção das Ordens Religiosas e dos inúmeros estragos infligidos durante as Invasões francesas em Portugal e as Guerras liberais.


(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll e Wikipédia)

HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro 

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