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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 16 de junho de 2023

A PRINCESA AFRICANA VENERADA PELOS CATÓLICOS DE ESPANHA


Teresa Juliana de São Domingos (1676-1748) nascida Tshikaba, cognomizada "La Negrita", foi uma religiosa dominicana, professora de catecismo e Venerável da Igreja Católica.

Chicaba nasceu por volta de 1676; Segundo Paniagua, era originalmente uma princesa de "La Baja Mina del Oro", este território corresponde actualmente a partes de Gana, Togo, Benin e Nigéria.

Após ser escravizada aos 9 anos, foi levada para a Espanha via Santo Tomé onde foi baptizada com o nome cristão de Teresa e introduzida à doutrina católica e foi adquirida por Juliana Teresa Portocarrero, Marquesa de Mancera. Permaneceu escrava até 1703 (27 anos), quando, após a morte da Marquesa, ingressou como freira terciária (os votos simples deviam sobretudo levar uma vida religiosa e vestir o hábito, não é necessário viver enclausurada), no convento dominicano da penitência de Salamanca.

De Sevilha, Teresa foi conduzida a Madrid, a fim de ser apresentada ao rei, por ter sangue real. Carlos II, encantado com sua beleza, entregou-a aos cuidados de Pedro de Toledo y Leiva , Marquês de Mancera.

O marquês e sua família trataram da formação e da evangelização de Teresa, o que deu muito certo. Porém a menina despertou a inveja de alguns parentes e da criadagem e era muito maltratada, ocultamente.

O sofrimento era suportado com paciência. Se refugiava num oratório que continha a imagem de Cristo crucificado. Tinha visões e o próprio Cristo a aconselhava.

Ao manifestar forte inclinação para a vida religiosa, o Marquês a enviou para o Convento de Santa Maria Madalena, da Ordem dominicana da Penitência, em Salamanca.

Foi a primeira negra na Espanha a ingressar em um convento de clausura. Seu reino era pagão e adorava o Sol. No amanhecer, os habitantes saíam ao encontro do astro-rei com cantos e aclamações rituais.

No dia 29 de Junho de 1704 professou seus votos como terciária da Ordem dominicana, em cerimónia presidida pelo próprio Bispo de Salamanca. Após a cerimónia, teve outra visão: viu São Domingos de Gusmão e uma comitiva celeste, que lhe abençoava com sinais.

Foi designada a cuidar dos doentes.

Sua fama de santidade se espalhou rapidamente por toda a região de Salamanca. Pessoas aos milhares procuravam-na para pedir aconselhamentos e muitos doentes obtiveram a cura por suas orações.

Um de seus milagres mais famosos ocorreu durante a Guerra de Sucessão Espanhola. Salamanca estava sendo pesadamente bombardeada. Irmã Teresa apressou-se em pôr na janela do mosteiro uma estampa de São Vicente Ferrer, do qual era grande devota, a fim de salvar a cidade, o que aconteceu prontamente.

Sofreu por muitos anos de um tumor no joelho, até que no outono de 1748 sofreu um forte ataque de paralisia, que tomou conta de todo o seu corpo.

Faleceu em 6 de Dezembro do mesmo ano após receber a Extrema Unção. 

Seus restos mortais ainda estão no mesmo convento até hoje. Seu processo de beatificação está em estágio bastante avançado.


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