Antes de prosseguir sugere-se a leitura da primeira parte deste artigo (Parte I)
Desde que a 3ª República se iniciou em 25
de Abril de 1974 tem-se visto uma grande variedade de forças políticas
no poder. Já se teve de tudo: governos de esquerda, governos de direita e
às vezes até governos com o ‘centro’ à mistura. Tiveram-se também
Presidentes da esquerda à direita (será isto aceitável?)!
As combinações de esquerda e direita no
governo e na Presidência têm sido, portanto, as mais diversas possíveis.
O resultado, contudo, tem sido invariavelmente o mesmo: o completo e
absoluto desastre. Aliás, as diferenças entre esquerda e direita que se
estudaram na escola parecem esbater-se cada vez mais, originando um
grande núcleo “ideológico” que se poderia chamar de ‘esqueita’ ou
‘direida’ mas que, melhor ainda, se deveria chamar ‘gamela’ ou ‘a grande
gamela’. Mas está-se a divergir!
Houve até casos em que ficou no ar a
dúvida se determinados Presidentes não estariam a favorecer os seus
partidos (estivessem eles no governo ou na oposição). Note-se que tal
suspeita seria impossível em Monarquia simplesmente porque o Rei não
deve a sua posição/cargo a nenhum partido. A independência face aos
partidos da governação e parlamento seria total e absoluta.
O Rei existe pela População, para a População e só a ela deve o cargo que ocupa. Consequentemente é unicamente perante a População que o Rei deve responder!
O facto é que, com esta alternância entre
esquerda e direita que se tem verificado sem que nada pareça ficar
efectivamente resolvido, se chega à conclusão que este regime em que se
vive actualmente se esgotou (e bem rápido por sinal).
Estranhamente a esquerda e a direita
digladiam-se para ver de quem é a culpa deste estado desastroso a que o
País chegou, talvez para iludir a opinião pública. Esqueça-se, contudo,
que o Povo Português não é estúpido e sabe perfeitamente que a culpa os
abrange a eles todos, da esquerda à direita (ou da direita à esquerda,
como preferirem), sem excepção.
Nenhum deles é isento de culpa! Como se
diz em linguagem popular “não vale a pena tapar o Sol com a peneira”.
Pelo menos tentem manter alguma dignidade (já lhes resta tão pouca) e
não se dêem ao ridículo.
Desta forma, a não ser que se tenha um
perturbante sentido masoquista, simplesmente não vale a pena continuar a
insistir no mesmo porque se sabe à partida que não vai funcionar. A
república em Portugal simplesmente foi e é um fracasso, um fiasco! Nesse
sentido porque não dar uma nova oportunidade à Monarquia? Da maneira
como as coisas estão não perderíamos nada e teríamos muito a ganhar já
que a Monarquia, ao longo de mais de 750 anos deu muito boas provas!
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