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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 13 de junho de 2023

13 DE JUNHO, DIA DE SANTO ANTÓNIO DE LISBOA E PÁDUA

13 de Junho de 1231: Morre, em Pádua, Santo António de Lisboa. Os avós maternos de Santo António, D. Paio Soares Romeu e D. Sancha Henriques de Portocarreiro, foram meus antepassados. D. Sancha Henriques de Portocarreiro, pelo seu 1º casamento com D. Rui Gonçalves Pereira, Senhor da Honra de Pereira, foi tetravó de D. Nuno Álvares Pereira...
Santo António, de seu nome Fernando Martins de Bulhão, *Lisboa, Lisboa, 15.08.1190-1195 ? - †Pádua, Itália 13.06.1231, era filho de Martim de Bulhão e de D. Maria Teresa Taveira; Neto paterno de Vicente Martins de Bulhão e neto materno de D. Paio Soares Romeu e de D. Sancha Henriques de Portocarreiro.
Notas biográficas de Santo António:
- Frade franciscano
- Doutor da Igreja
- Professou aos 20 anos nos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora.
- Dois anos depois, mudou-se para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra onde foi ordenado sacerdote.
- Em 1220, tornou-se frade franciscano no Eremitério de Santo Antão dos Olivais, em Coimbra, e pouco depois, foi a Marrocos em missão apostólica.
- Doente, viu-se obrigado a regressar a Portugal mas uma tempestade levou o barco que o transportava a aportar na Sicília.
- Convocado por São Francisco, pregou em França (Montpellier e Toulouse) e Itália (Bolonha).
- Nomeado provincial no Norte de Itália (1227), continuou como pregador e professor de Teologia em Pádua, onde morreu vítima de doença súbita.
- Foi canonizado a 31 de Maio de 1232.
- Proclamado Doutor da Igreja em 6.1.1946 (Pio XII).
Cronologia de Santo António:
- (1221) Santo António de Lisboa assiste ao Capítulo Geral reunido, na cidade de Assis, por São Francisco.
- (1231) Canonização de Santo António de Lisboa pelo papa Gregório IX.
- 31.05.1232, Santo António de Lisboa é canonizado.
(Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. - vol. 02 - pg. 839)
Santo António foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII.
Inicialmente, pertenceu à Ordem dos Cónegos Regulares da Santa Cruz, que seguiam a Regra de Santo Agostinho, no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica.
Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França, retornando posteriormente à Itália, onde encerrou sua carreira.
No ano de 1221 fez parte do Capítulo Geral da Ordem em Assis. De facto, Francisco, o fundador, convocou-o, assim como a todos os outros frades da ordem. Posteriormente, quando a sua eloquência e cultura teológica se tornaram conhecidas, foi nomeado mestre em Teologia em Bolonha, tendo, a seguir, pregado contra os albigenses e valdenses em diversas cidades do norte da Itália e no sul França. Finalmente, foi para Pádua, onde morreu no dia 13 de Junho de 1231.
A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo.
Santo António é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela colectânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspectos das ciências profanas, referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o Velho, Cícero, Séneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre muitas outras.
O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. Leccionou em universidades italianas e francesas e foi o primeiro Doutor da Igreja, franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos.
Hoje é visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e sendo o centro de rico folclore.
Santo António é o padroeiro da cidade de Lisboa (São Vicente é o padroeiro do Patriarcado de Lisboa), sendo também o padroeiro secundário de Portugal. É igualmente padroeiro da cidade italiana de Pádua.
Primeiros anos:
Santo António nasceu em Lisboa em data incerta, numa casa, assim se pensa, próxima da Sé, às portas da cidade, no local onde posteriormente se ergueu a igreja que lhe foi dedicada. A tradição indica 15 de Agosto de 1195, mas não há documento fidedigno que confirme esta data. Também foi proposto o ano de 1191, mas, segundo um seu biógrafo, o padre Fernando Lopes, as contradições na sua cronologia só se resolveriam se ele tivesse nascido por volta de 1188. Tampouco se sabe com certeza quem foram seus pais. Nenhuma das biografias primitivas os citam, e somente no século XIV, a partir de tradições orais, é que se começou a atribuir ao pai o nome de Martim ou Martinho de Bulhões, e à mãe, o de D. Maria Teresa Taveira. Que seu pai se chamasse Martinho ou Martim, parece ser verdade, pois o obituário de São Vicente de Fora recorda o falecimento de uma irmã do taumaturgo que era freira e que atendia pelo nome de “Maria, filha de Martinho”. De qualquer forma, esses nomes fixaram-se na memória popular e com a crescente fama do santo, não custou a biógrafos tardios atribuírem também aos seus pais uma dignidade superior. Do pai foi dito descender do celebrado Godofredo de Bulhões, comandante da I Cruzada, e da mãe, que descendia de Fruela I, rei de Astúrias, mas tal parentesco nunca pôde ser comprovado. A forma de seu nome de baptismo é igualmente obscura, pode ter sido Fernando Martins ou Fernando de Bulhões.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa), sob a direcção dos cónegos da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho. Como era a prática da ordem, deve ter recebido instrução nas artes liberais do trivium e do quadrivium, o que certamente plasmou seu carácter intelectual. Ingressando ainda um adolescente como noviço da mesma Ordem, no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciou os estudos para sua formação religiosa.
A biblioteca de São Vicente de Fora era afamada pela sua rica colecção de manuscritos sobre as ciências naturais, em especial a medicina, o que pode explicar as constantes referências científicas nos seus sermões.
Poucos anos depois pediu permissão para ser transferido para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a fim de aperfeiçoar sua formação e evitar distracções profanas, já que era constantemente visitado por amigos e parentes. Coimbra era na época o centro intelectual de Portugal, e ali deve ter-se envolvido profundamente no estudo da Bíblia e nos textos dos Padres da Igreja. Nesta época entrou em contacto com os primeiros missionários franciscanos que tinham chegado a Portugal em 1217 e que estavam a caminho de Marrocos para evangelizar os mouros.
A sua pregação do Evangelho no espírito de simplicidade, idealismo e fraternidade franciscana e a sua determinação missionária, devem ter tocado o sentimento de Fernando. Entretanto, uma impressão ainda mais forte ocorreu quando os corpos desses frades, mortos na sua missão, voltaram a Coimbra, onde foram honrados como mártires. Autorizado a juntar-se a outros franciscanos que tinham um eremitério nos Olivais, sob a invocação de Santo António do Deserto, mudou seu nome para António e iniciou a sua própria missão em busca do martírio.
Cronologia (Geneall):
01.06.1221 Santo António de Lisboa assiste ao Capítulo Geral reunido, na cidade de Assis, por São Francisco.
1231 Canonização de Santo António de Lisboa pelo papa Gregório IX.
31.05.1232 Santo António de Lisboa é canonizado.


(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll, Wikipédia e Estórias da História)

HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro


SANTO ANTÓNIO, O MARTELO DOS HEREGES

“ O Santo do Milagres, o Martelo dos Hereges, o Doutor da Igreja, padroeiro do Mundo Inteiro”.

Santo António de Pádua, ou de Lisboa, foi cognominado "Martelo dos Hereges" porque a heresia não teve inimigo mais formidável. A sua mais antiga biografia, conhecida pelo nome de Assídua, relata: “Dia e noite tinha discussões com os hereges; expunha-lhes com grande clareza o dogma católico; refutava vitoriosamente os preceitos deles, revelando em tudo ciência admirável e força suave de persuasão que penetrava a alma dos seus contrários”.

Neste dia, celebramos a memória do popular santo – doutor da Igreja – que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo António de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.

Ainda jovem, pertenceu à Ordem dos Cónegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade. Aconteceu que, em Portugal, onde estava, António conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.

Nesse sentido, Santo António não fez muito, pois o seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo António serviu a sua família franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isso até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.


Santo António, rogai por nós!


13 de Junho - Santo António (de Lisboa ou de Pádua), presbítero, Doutor da Igreja, +1231

Santo António nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195, numa casa junto das portas da antiga cidade (Porta do Mar), que se pensa ter sido o local onde, mais tarde, se ergueu a Igreja em sua honra.

Tendo então o nome de Fernando, fez na vizinha Sé os seus primeiros estudos, tomando mais tarde, em 1210 ou 1211, o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora, pela mão do Prior D. Estêvão.

Ali permaneceu até 1213 ou 1214, data em que se deslocou para o austero Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde realizou os seus estudos superiores em Direito Canónico, Ciências, Filosofia e Teologia.

Segundo a tradição, talvez um pouco lendária, o Santo tinha uma memória fora do comum, sabendo de cor não só as Escrituras Sagradas, como também a vida dos Santos Padres.

As relíquias dos Santos Mártires de Marrocos que chegaram a Coimbra em 1220, fizeram-no trocar de Ordem Religiosa, envergando o burel de Frade Franciscano e recolher-se como Eremita nos Olivais (em Coimbra). Foi nessa altura que mudou o seu nome para Antônio e decidiu deslocar-se a Marrocos, onde uma grave doença o reteve todo o inverno na cama. Decidiram os superiores repatriá-lo como medida de convalescença.

Quando de barco regressava a Portugal, desencadeou-se uma enorme tempestade que o arrastou para as costas da Sicília, sendo precisamente na Itália que iria revelar-se como teólogo e grande pregador.

Em 19 de Março de 1222, em Forli, falou perante religiosos Franciscanos e Dominicanos recém ordenados sacerdotes e tão fluentemente o fez que o Provincial pensou dedicá-lo imediatamente ao apostolado.

Fixou-se em Bolonha onde se dedicou ao ensino de Teologia, bem como à sua leitura. Exercendo as funções de pregador, mostrou-se contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França com o objetivo de lutar contra os Albijenses e em 1225 prega em Tolosa. Na mesma época, foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e seria custódio da Província de Limoges, um cargo para que foi eleito pelos Frades da região. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha.

Assistiu à canonização de São Francisco em 1228 e deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Vareza, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta atividade absorvia-o de tal maneira que a ela passou a dedicar-se exclusivamente. Em 1231, e após contatos com Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a Quaresma do ano seguinte marcada por uma série de sermões da sua autoria.

Instalou-se depois em casa do Conde de Tiso, seu amigo pessoal, onde morreu em 1231 no Oratório de Arcela.

O facto de ter sido canonizado um ano após a sua morte, mostra-nos bem qual a importância que teve como Homem, para lhe ter sido atribuída tal honra. Este ato foi realizado pelo Papa Gregório IX, que lhe chamou "Arca do Testamento".

Considerado Doutor da Igreja e alvo de algumas biografias, todos os autores destas obras são unânimes em considerá-lo como um homem superior. Daí os diversos atributos que lhe foram conferidos: "Martelo dos hereges, defensor da fé, arca dos dois Testamentos, oficina de milagres, maravilha da Itália, honra das Espanhas, glória de Portugal, querubim eminentíssimo da religião seráfica, etc.".

Com a sua vida, quase mítica, quase lendária, mas que foi passando de geração em geração, e com os milagres que lhe foram atribuídos em bom número, transformou-se num taumaturgo de importância especial. 

Associação dos Autarcas Monárquicos

SANTO ANTÓNIO E O MENINO
Saíra Santo António do convento,
A dar o seu passeio costumado
E a decorar, num tom rezado e lento,
Um cândido sermão sobre o pecado.
Andando, andando sempre, repetia
O divino sermão piedoso e brando,
E nem notou que a tarde esmorecia,
Que vinha a noite plácida baixando…
E andando, andando, viu-se num outeiro,
Com árvores e casas espalhadas,
Que ficava distante do mosteiro
Uma légua das fartas, das puxadas.
Surpreendido por se ver tão longe,
E fraco por haver andado tanto,
Sentou-se a descansar o bom do monge,
Com a resignação de quem é santo…
O luar, um luar claríssimo nasceu.
Num raio dessa linda claridade,
O Menino Jesus baixou do céu,
Pôs-se a brincar com o capuz do frade.
Perto, uma bica de água murmurante
Juntava o seu murmúrio ao dos pinhais.
Os rouxinóis ouviam-se distante.
O luar, mais alto, iluminava mais.
De braço dado, para a fonte, vinha
Um par de noivos todo satisfeito.
Ela trazia ao ombro a cantarinha,
Ele trazia… o coração no peito.
Sem suspeitarem de que alguém os visse,
Trocaram beijos ao luar tranquilo.
O Menino, porém, ouviu e disse:
- Ó Frei António, o que foi aquilo?…
O Santo, erguendo a manga de burel
Para tapar o noivo e a namorada,
Mentiu numa voz doce como o mel:
- Não sei o que fosse. Eu cá não ouvi nada…
Uma risada límpida, sonora,
Vibrou em notas de oiro no caminho.
- Ouviste, Frei António? Ouviste agora?
- Ouvi, Senhor, ouvi. É um passarinho.
- Tu não estás com a cabeça boa…
Um passarinho a cantar assim!…
E o pobre Santo António de Lisboa
Calou-se embaraçado, mas por fim,
Corado como as vestes dos cardeais,
Achou esta saída redentora:
- Se o Menino Jesus pergunta mais,
… Queixo-me à sua mãe, Nossa Senhora!
Voltando-lhe a carinha contra a luz
E contra aquele amor sem casamento,
Pegou-lhe ao colo e acrescentou: - Jesus,
São horas…
........................E abalaram pró convento.
AUGUSTO GIL



O PÃO DE SANTO ANTÓNIO
O Pão de Santo António continua a alimentar os mais necessitados e é sinal do catolicismo português no mundo
O Pão de Santo António, que começou este domingo a ser vendido na igreja lisboeta com o mesmo nome, chega todos os anos aos emigrantes portugueses e contribui para ajudar jovens em risco.
Até esta terça-feira, feriado municipal em Lisboa e dia em que os católicos de todo o mundo evocam Santo António, os pequenos pães, acompanhados por uma oração destinada a abençoá-los, são embrulhados em papel que leva o carimbo do Doutor da Igreja.
Os principais compradores das dezenas de milhares de pães, 40 mil em alguns anos, são pessoas provenientes da capital e arredores que depois consomem, guardam ou enviam para os emigrantes portugueses.
As receitas revertem para a Obra da Imaculada Conceição e Santo António, instituição presidida pelo religioso franciscano que se dedica à proteção de rapazes e raparigas em situação de risco.
A tradição do Pão de Santo António, fundada numa “lenda” com «fundo verídico», mantém a solidariedade de Fernando Martins de Bulhões, nascido em Lisboa no final do século XII e falecido em Pádua, atual Itália, no ano de 1231.




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