Paula
Carqueja(*) sucede João Granjo na liderança da Associação Nacional de
Professores (ANP). A nova presidente, que foi eleita, ontem durante o
congresso extraordinário, quer chegar a todos os professores e criar e
aprovar um código ético e deontológico que regulamente a carreira de
docente.
“Propomos
retomar os debates no seio da classe com todas as organizações para
saber qual é o reconhecimento intrínseco do que é ser professor e da
necessidade de criar uma entidade de auto-regulação da profissão”,
vincou a nova presidente da ANP, alertando para a necessidade de
“elaborar e aprovar um código ético e deontológico que possa ser
adoptado pelos professores para colmatar esse vazio que existe”.
A
equipa liderada por Paula Carqueja, a única que se candidatou aos
corpos gerentes da associação, apresentou uma moção de estratégia global
com seis eixos fundamentais: auto-regulação da profissão docente,
formação contínua e desenvolvimento profissional, aumento dos protocolos
sociais, alargar o plano jurídico, acesso à carreira docente e mais
acção associativa.
“A
associação tem que ser sustentável. Neste momento existem cerca de 10
mil associados, mas é preciso conquistar mais. Temos que ir ao encontro
dos professores e para isso vamos dar um contributo e aumentar o plano
jurídico”.
A
ANP encomendou dois estudos a duas entidades distintas, um em 2006 e
outro em 2010, “para saber o que é necessário já que os docentes são a
garantia da defesa dos valores culturais da nação e um factor relevante
de desenvolvimento científico do seu povo e, por isso, é preciso
dignificar a carreira”.
Porque os centros de formação estão fechados, a associação vai também estar atenta a essa lacuna.
Sobre
a avaliação dos professores, Paula Carqueja não se quis pronunciar,
aguardando que o documento seja, entretanto, homologado.
Em
relação ao futuro, a presidente da ANP admite que depois da revisão
curricular ainda vai piorar. “Estamos a trabalhar na revisão interna da
proposta base da revisão curricular. Entretanto, vamos estar na
quarta-feira na Assembleia da República para fundamentar o nosso parecer
e vamos também transmitir essas preocupações ao Ministério da
Educação”, referiu a líder.
Fonte: Correio do Minho
(*) Drª Paula Carqueja foi candidata pelo PPM nas eleições legislativas passadas pelo círculo eleitoral de Vila Real.
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