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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 28 de maio de 2023

ଈ 🔚 | 28 DE MAIO DE 1926 - FIM DA 1º REPÚBLICA, DITA A VELHA


A 28 de Maio de 1926 ocorre um Golpe militar em Portugal comandado pelo General Gomes da Costa auxiliado pelo Comandante Mendes Cabeçadas e o pelo General Óscar Carmona. Tudo começou com a Arrancada de Braga, que passou pelo Porto, Coimbra, Entroncamento, Sacavém e acabou com a entrada triunfal, em Lisboa, do então General Gomes da Costa à frente de 15 000 homens, entre os quais muitos Monárquicos fartos das perseguições sofridas.

Assim a lúgubre noite de pesadelo que foi a sanguinolenta 1.ª República acabaria a 28 de Maio de 1926 com o Golpe de Estado, sendo instituída uma ditadura militar que viria a dar origem ao Estado Novo.

O País nunca tinha recuperado do Regicídio e a subsequente revolução que implantou o despotismo nada esclarecido da República Velha sacrificaria o Povo atirando-o para a miséria, reprimiria os grevistas com os Capacetes de Aço, coarctaria a imprensa pelo ‘visado pela censura’, lançaria os monárquicos para o Limoeiro depois de ‘julgados’ pelos Tribunais Políticos, desterraria o Patriarca de Lisboa, prenderia e assassinaria padres, assaltaria centros católicos no Porto, ergueria a forca caudina em Campolide para os condenados monárquicos, suspenderia as garantias, e, imolaria toda uma geração de jovens, em holocausto, no altar da Guerra a que chamaram Grande, talvez pela mortandade que provocou, e que custaria a vida de entre Europa e África a 7.500 militares portugueses. Ao todo só em La Lys morreram 1.643 militares portugueses do Corpo Expedicionário e os que não foram mortos ou feitos prisioneiros retiraram desorganizadamente para a retaguarda feita de trincheiras podres de lama e sangue. 200 mil Portugueses foram mobilizados e combateram na Europa e em África, mais de 55.000 no Corpo Expedicionário Português na Flandres. Ao todo, reitere-se, 7.500 soldados portugueses perderam a sua vida e 14.062 foram de alguma forma vítimas da Iª Guerra Mundial, seja como mortos, feridos ou prisioneiros. Além destas baixas foram desmedidos os custos sociais e económicos que tiveram consequências extremas para a capacidade nacional, e, os objectivos que levaram os responsáveis políticos da 1ª República a empurrar a juventude para a guerra saíram gorados em toda a linha.

Após 16 anos, cuja contabilidade não mente com 35 mil mortos, feridos e prisioneiros na Grande Guerra - sangrenta e que não era portuguesa -, 7 parlamentos, 8 presidentes, 45 governos, 2 juntas militares, 1 Junta Governativa do Reino de Portugal com a Restauração da Monarquia Portuguesa no célebre movimento Monarquia do Norte cortada violentamente, 1 governo de excepção, 1 greve geral brutalmente reprimida, revolverismo de Formiga-branca e Formiga-negra, centenas de milhares de crimes políticos e ajustes de contas, fuzilamentos, noites sangrentas, atentados, prisões arbitrárias, tortura… caía de podre a corrupta Primeira República ou República Velha.

MVB | Plataforma de Cidadania Monárquica

PLATAFORMA DE CIDADANIA MONÁRQUICA



28 de MAIO DE 1926

"E rompe a manhã de 28 de Maio. Depois de uma breve visita, logo de madrugada, aos quartéis, onde se assegura da adesão unânime, Gomes da Costa declara-se investido do Comando, aceita Mendes Norton, por indicação da oficialidade, como chefe de Estado Maior e faz ouvir, ao País inteiro, uma voz bem portuguesa. A sua proclamação é sóbria e viril: — “Portugueses! Para homens de dignidade e de honra, a situação do País é inadmissível. Vergada sob a acção de uma minoria devassa e tirânica, a Nação envergonhada sente-se morrer. Eu, por mim, revolto-me abertamente! E os homens de coragem e de dignidade que venham ter comigo com armas na mão, se quiserem comigo vencer ou morrer”. A fechar, este grito, na verdade histórico: — “Às armas, Portugal !”

Portugal não tem tempo de correr às armas. Nem chega a ser preciso. Basta-lhe aparecer, invocado por um chefe prestigioso. Logo se desmorona, como castelo de cartas — roído de “formiga branca” — a República maçónica-democrática.

Num instante, some-se o governo fantasma de António Maria da Silva; com ele, os títeres de esquina e de parlamento. “Proclamo o Interesse Nacional contra os políticos e os partidos !”— clama ainda a voz possante de Gomes da Costa. E as guarnições militares aderem uma a uma. E a avançada do Exército, desde Braga — capital de Portucale, metrópole do núcleo primitivo de entre Minho e Douro — até Lisboa, é autêntica marcha triunfal. Nenhuma resistência. Nenhum tiro. Portugal passa; Portugal regressa."
João Ameal
In “História de Portugal”, 1941




A 28 de Maio de 1926, arrancava em Braga o pronunciamento militar liderado pelo General Gomes da Costa e secundado por um tenaz grupo de jovens tenentes, que se alastraria por todo o país, culminando a 6 de Junho do mesmo ano, com a entrada do prestigiado veterano de muitas guerras de aquém e além-mar em Lisboa. Montado a cavalo e erguendo a sua espada, à frente de cerca de 15 mil homens provenientes das unidades militares de todo o país, obteve a anuência de nacionalistas, monárquicos, católicos, republicanos conservadores, e de todos os patriotas de bom coração das mais diversas proveniências. O General assumia-se, assim, como o vencedor e chefe do 28 de Maio.
Consumido por 16 anos de violenta anarquia social, balbúrdia política, subdesenvolvimento, perseguições religiosas, o esfacelamento de uma guerra estrangeira, o bom povo de Portugal aplaudia de pé a libertação do nosso solo pátrio dos grilhões dos demagogos da República Velha, pérfida e opressiva ditadura da rua. Era assim restabelecida a ordem e dava-se início a uma coisa nova, que não se conhecendo à época o real significado, revelou-se fecunda semente de um posterior ciclo virtuoso de regeneração do país, agora mais perene e sólido, após a trágica efemeridade sidonista.
Estava consumada a Revolução Nacional.



GOMES DA COSTA

A 28 de Maio de 1926 os militares puseram fim à brincadeira (bandalheira) republicana, golpe forjado pelas espadas de velhos republicanos e por jovens tenentes já conhecedores das lides quando, em 1917, ainda cadetes, marcharam com Sidónio. O golpe se militar grandemente extravasou campos políticos em nome da regeneração nacional.

Nele marcharam católicos, cansados das perseguições e fanatismo anti-clerical do Partido Democrático, nele estiveram monárquicos, cansados da censura e da violência, na esperança que o golpe vingasse no regresso do rei e na redenção monárquica, nele germinaram nacionalistas que fariam o furor nos gritos ao Chefe.

Os estudantes de Coimbra estendem as capas negras à passagem de Gomes da Costa e gritam Vivas. Intelectuais como Fernando Pessoa não escondiam a admiração, aplaudindo no opúsculo "Interregno - defesa e justificação da ditadura militar em Portugal" a iniciativa militar: "provámos que é hoje legítima e necessária uma Ditadura Militar em Portugal" (Pessoa dixit). Um golpe militar que teve a anuência de uma nação cansada e desgastada por 16 anos de crises. Um regime que caiu docilmente e sem qualquer defesa.

Ao menos a monarquia, quando derrubada na rotunda, ainda teve um Paiva Couceiro para a defender, a República velhaca nem isso conseguiu. O regime cai tal como viveu, de podre e feito de podridão.


(Daniel Sousa)


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