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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 11 de maio de 2023

AS CRUZADAS


As Cruzadas foram guerras proclamadas pelo papa, em nome de Deus, e travadas como se fossem uma iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade.

A Primeira Cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont, em 1095. A sua justificativa tinha como fundamento a recuperação da herança de Cristo, restabelecer o domínio da Terra Santa e a protecção dos cristãos contra o avanço dos veneradores do Islão. Esta dupla causa foi comum a todas as outras expedições contra as terras pertencentes aos reinos de Alá e, desde o princípio, deram-lhes o carácter de peregrinações.

As cruzadas tomaram Antioquia (1098), Jerusalém (1099), e estabeleceram o principado de Antioquia, o condado de Edessa e Trípoli, e o Reino Latino de Jerusalém, os quais sobreviveram até 1291. A esta seguiram-se a Segunda Cruzada (1145-48) e a Terceira (1188-92) no decorrer da qual Chipre caiu sob domínio latino, sendo governado por europeus ocidentais até 1571. A Quarta Cruzada (1202- 04) desviou-se do seu curso, atacou e saqueou Constantinopla (Bizâncio), estabelecendo domínio latino na Grécia. A Quinta Cruzada (1217- 21) foi a primeira do rei Luís IX da França. Contudo, houve também um grande número de empreendimentos menores (1254 -91), e foram estes que se converteram na forma mais popular de cruzada.

Na defesa dos peregrinos surgiram os Templários. O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139, o papa Inocêncio II emitiu uma bula, Omne datum optimum, declarando que os templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou eclesiástico, apenas ao próprio papa.

Mais tarde outros privilégios foram-lhes dados através das bulas Milites Templi em 1144 e Militia Dei em 1145.

Em 14 de Outubro de 1229 o papa Gregório IX redige uma outra bula, Ipsa nos cogit pietas, dirigida ao mestre e cavaleiros da ordem do Templo que os isenta de pagarem as décimas para as despesas da Terra Santa atendendo "à guerra continua que sustentavam contra os infieis arriscando a vida e a fazenda pela fé e amor de Cristo".

Um contemporâneo (Jacques de Vitry) descreve os Templários como "leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos. 


Glória a Ti, Senhor!

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