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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 12 de maio de 2023

A SENHORA DA PAZ


 Foi há 11 de Maio de 1917, fazem 106 anos que Nossa Senhora terá aparecido a um pastor no Barral, Ponte da Barca (precisamente 3 dias antes das mediáticas aparições em Fátima)

Pouca gente sabe que três dias antes das aparições de Fátima de 13 de Maio de 1917, ocorreram no lugar do Barral, Ponte da Barca (Minho), nos dias 10 e 11 de Maio desse mesmo ano de 1917 as aparições da "Senhora da Paz" ao vidente Severino Alves. No local foi erigido pelo Cónego Avelino de Jesus da Costa o Santuário de Nossa Senhora da Paz.
Este conto histórico "A Senhora da Paz" baseia-se em factos verídicos, sendo que a maioria das personagens ainda existe.
in "A SENHORA DA PAZ", Irene da Costa Pereira

AS APARIÇÕES DA SENHORA DA PAZ NO MINHO EM 1917

Eu próprio me desloquei a Roma e conversei com o Pontífice. Outros interesses se levantaram na altura. Quando levámos o pequeno Severino à presença do bispo, este deixou bem claro que não devíamos mexer muito no assunto, pois passados dois dias, a treze de Maio, os três pastores em Fátima tiveram visão idêntica.
O bispo de Leiria, quando soube do ocorrido, quis abafar a aparição do Minho.
Com a entrada de Lúcia no convento e a morte dos beatos, as coisas ficaram mais sérias. O nosso Severino é irreverente, sem qualquer perfil para uma visão divina. Não passa fome, ninguém na família sofre de perturbações, e não consta que seja mentiroso compulsivo…
Na presença do bispo, na Sé, com todos aqueles clérigos de olhar agressivo e perscrutador à espera que o pobre coitado confessasse que estava a mentir…
Admirei a atitude do rapaz… Sem vacilar, com voz firme, “eu sei o que vi, foi uma senhora”… E nunca a sua versão dos factos foi alterada, até hoje.
Não sei se já sabe, mas o Severino vai sair do seminário. Conheceu uma rapariga nas férias e quer casar no verão. Está a ver, cara amiga, que não é o perfil de um ser que tivesse visto Nossa Senhora… Isto, segundo a opinião pública…
Não me cabe a mim escamotear muito essa questão. Sou professor, católico e cónego. Tirei os meus diplomas em Roma. Li e estudei muito sobre visões, aparições, manifestações do divino. O mundo está cheio, desde os tempos mais remotos.
Mas perante o que presenciei, não tenho dúvida alguma sobre o carácter sobrenatural da visão.
Muito sinceramente acredito que Severino tenha realmente visto a projecção de uma mulher. Seria a personificação da Virgem, mãe de Cristo? Uma materialização da Paz? Estávamos em guerra… A mensagem foi de Paz.
Fiz o que a criatura pediu, construir um templo de oração para a Senhora da Paz.
Se é a Virgem, mãe de Jesus?
A fé e a oração movem montanhas…
E o paranormal faz parte das nossas vivências…
Para o povo é a mãe de Deus e é nisso que temos de nos valer.
É nisto que eu acredito, dona Maria José.
Maria José sorri: – É precisamente essa a minha posição, professor… Rezar e visualizar a paz é fundamental. O poder da oração é muito forte. Estou muito feliz, agora que o santuário está concluído… Um templo dedicado à Paz!
excerto de "A SENHORA DA PAZ", de Irene da Costa Pereira (conto histórico baseado em factos verídicos)






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Nota: As festas da Senhora do Barral, como é conhecida, essas, estão marcadas para o último fim de semana de Maio, embora as aparições ao pastor tenham sido associadas aos dias 10 e 11. Contudo, e tendo em conta a grande força que Fátima possui no colectivo religioso nacional, a coincidência das datas impede que a confraria assinale com uma festa o ‘milagre’ do pastor barquense nos dias em que terá ocorrido.
Severino pediu a todos que rezassem.

Entre os dias 10 e 11 de Maio de 1917, o jovem pastor Severino Alves, residente naquela freguesia, avistou um relâmpago quando se encontrava a pastorear as cabras naquele monte. Terá então ouvido uma voz a pedir para que não se assustasse. À semelhança de Fátima, a Senhora pediu a Severino para “rezar” e contar a todos a “boa nova” de que o lugar era sagrado.
E assim fez o jovem pastor, recolhendo incredulidade de uns e devoção de outros. O caso depressa chegou à arquidiocese de Braga, mas o arcebispo de então achou por bem não se fazer nada e esperar para que o milagre fosse comprovado. A história acabou por cair no esquecimento geral e apenas os habitantes daquele pequeno lugar iam colocando “umas velinhas” para recordar o fenómeno, como explicou a O MINHO o responsável da confraria.

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