Durante todo o século XVIII a Vila de São José del Rei, actual Tiradentes, viveu da exploração de ouro e foi um dos importantes centros produtores de Minas Gerais.
Não é a toa que a igreja matriz de Santo António, em Tiradentes, seja uma das mais ricas do Brasil. Ela é uma das obras-primas da arquitectura barroca em Minas Gerais, especialmente pela sua decoração interior onde foram usados aproximadamente 482 kg de ouro, quase meia tonelada. Ela fica em segundo lugar entre as igrejas mais ricas do Brasil, em primeiro fica a Igreja do Convento de São Francisco em S. Salvador, na Bahia.
Inicialmente, onde a Matriz de Santo António foi erguida, existia uma pequena capela dedicada a Santo António que veio a se tornar a primeira freguesia da Comarca do Rio das Mortes. A Paróquia parece ter sido fundada oficialmente em 1710, quando se criou a Irmandade do Santíssimo Sacramento.
As primeiras obras de construção da nova igreja tiveram início por volta de 1710. Em 1732 a igreja encontrava-se praticamente concluída.
Poucos anos depois, por volta de 1736/37 houve uma ampliação na igreja. As obras prosseguiram ao longo do século XVIII, e incluíram os consistórios e sacristias que circundam a nave e capela-mor. A fachada também foi remodelada por volta de 1810, quando então ela foi reconstruída em estilo rococó, com projecto de Aleijadinho.
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