♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 23 de abril de 2023

♔ 📚 | 23 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO

‘Quisemos mostrar, ou antes tornar conhecidos, os nossos livros. O nosso intuito é simples; tentando dar vida a esses livros, procuramos deixar ver a obra Portuguesa, especialmente nos séculos XV e XVI, através dos «livros de forma» que foram impressos em Portugal, acompanhando-os de alguns «de penna», e de outros escritos em linguagem, mas publicados fora do país. Os livros são amigos silenciosos e fiéis junto dos quais se aprende a lição da vida. São o ensinamento, e em muitos casos a prova, da época que se deseja descrever; aqueles que são coevos desses tempos, podemos, certamente, considerá-los como a melhor documentação — exceptuando os manuscritos originais — para essas pesquisas. A meta do nosso esforço é erguer bem alto o nome do nosso país, demonstrar os feitos dos Portugueses e, servindo a nossa Pátria, «levantar a bandeira dos triunfos dela». É um trabalho sem pretensões, que nada vem dizer de novo, e que nada julga ensinar, mas que, esperamos, provará o nosso amor pela Pátria querida. E se alcançarmos esse fim ambicionado, teremos a consolação suprema de um dever cumprido.’

♔ S.M.F. El-Rei Dom Manuel II de Portugal | 'Introdução do Volume I da obra de D. Manuel II, «Livros Antigos Portugueses 1489-1600»

Dom Manuel II de Portugal, O Rei Bibliógrafo, que no exílio, e com a apertada Saudade da Pátria que lhe esbulharam, passou a dedicar-se aos estudos, seguindo assim a tradição que já vinha de seu pai, de seu avô e de seu bisavô e produziu a mais admirável e brilhante obra de bibliografia portuguesa de sempre: «Livros Antigos Portugueses». Uma obra erudita, pois Dom Manuel II tratou de escrever e descrever as pretéritas glórias do Portugal dos antigos Reis, narrando cada volume não só bibliograficamente, mas documentando-o com um ensaio sobre cada autor e cada tema do livro, conferindo-lhe rigor e carácter científico.

Nos tempos que se seguiram, à I.ª Guerra Mundial, e com mais tempo livre, embora sem negligenciar a proximidade com as estruturas monárquicas, El-Rei passou a dedicar-se mais aos estudos, seguindo assim a tradição que já vinha de seu pai, de seu avô e de seu bisavô.

Primitivamente projectou elaborar uma biografia sobre D. Manuel I, que pensava ter sido injustamente examinado pelos historiógrafos da época. Foi aí que começou a Sua senda: primeiro, em 1919, agenciou os labores do bibliófilo Maurice Ettinghausen, que se encarregou de lhe encontrar os livros antigos de que precisava, tarefa facilitada pelo desmembramento de incontáveis bibliotecas privadas que ocorrera em Portugal depois do estabelecimento da república. Mas antes de começar a biografia do Primeiro dos Reis com nome homónimo, Ettinghausen aconselha Sua Majestade a anteceder a obra com a catalogação de todos os livros antigos que possuía na sua biblioteca. O último Rei de Portugal faz a elaboração da lista, mas também um prévio estudo das mesmas e acometesse-lhe também o ensejo de ampliar essa biblioteca. Começa então a compra arrebatada de grandes e raras obras da literatura portuguesa.

Em 1926, já o real objectivo havia sido redireccionado. O real pesquisador tornou-se um investigador, renunciando à ideia da biografia para se concentrar na enumeração, definição e explicação dos clássicos e livros raros e antigos da sua biblioteca. Não era já um rol elementar dos livros de um coleccionador, mas uma obra erudita, pois o autor tratou de escrever e descrever as pretéritas glórias do Portugal dos antigos Reis, narrando cada volume não só bibliograficamente, mas documentando-o com um ensaio sobre cada autor e cada tema do livro, inscrevendo-o no seu âmbito histórico. A explicação e interpretação de cada obra pelo Rei era estribada com fontes, provas e documentos conferindo-lhe rigor e carácter científico.

Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Manuel II de Portugal, o derradeiro dos Reis da Nação valente e imortal, torna-se então um ilustre Erudito, pois produz a mais admirável e brilhante obra de bibliografia portuguesa de sempre.

Em três densos volumes (o terceiro inacabado) Livros Antigos Portugueses, ao resultado final, só pode ser apontado, não a crítica, mas o elogio de ser ferido pela dilecção e amor pátrios, bem notórios no encómio da História de 771 anos da Monarquia Portuguesa e do Reino de Portugal.

El-Rei publica os dois primeiros volumes, que, naturalmente, sendo uma obra de objecto específico, tinha uma edição e tiragem limitada e era adquirida por subscrição. Cada volume encontrava-se ricamente ilustrado por fac-similis das obras analisadas e dissertadas e eram edição bilingue pois a obra era redigida em português e em inglês (recorde-se que Dom Manuel II foi instruído desde muito cedo nas línguas clássicas e modernas, falando e escrevendo fluentemente também em inglês, francês, alemão, latim e grego antigo).

O primeiro volume da obra “Livros Antigos Portuguezes 1489-1600, da Bibliotheca de Sua Magestade Fidelíssima Descriptos por S. M. El-Rey D. Manuel em Três volumes” foi publicado em 1929. Como havia sido o primeiro subscritor da obra, o primeiro exemplar foi entregue em mão ao primo, o Rei britânico George V, tendo-se D. Manuel II deslocado ao Castelo de Windsor para esse efeito. O Volume aborda dois manuscritos, cinco incunábulos e trinta e três livros impressos em Portugal até 1539.

A obra colheu óptimas críticas dos especialistas o que estimulou El-Rei a empenhar-se prontamente na elaboração do segundo Volume, que abrangeu o período de 1540 a 1569.

Foi uma tarefa estafante: o trabalho de redigir o Volume II tornou-se o mote de vida do incansável Rei, com as necessárias e correspondentes consequências para a Sua saúde. Todavia, excepcionando as sobrecapas, o segundo Volume estava pronto em 1932. Faleceu sem o ver editado.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica 


PLATAFORMA DE CIDADANIA MONÁRQUICA


📚DIA MUNDIAL DO LIVRO

A UNESCO instituiu em 1995 o Dia Mundial do Livro a 23 de Abril - data de falecimento do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1616) e do dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616).
Hoje partilhamos um pormenor da "Anunciação". A Virgem leitora começou a ser representada na cena da Anunciação a partir do século XII após os antigos atributos marianos - como a cesta de lã e o fuso - começarem a desaparecer das imagens, já que havia uma tentativa de se afastar dos relatos apócrifos.
A principal teoria teológica é que Maria estaria lendo a profecia de Isaías quando foi interrompida pela chegada do Anjo Gabriel.
📸 "Regina Coeli", séc. XVI, escola portuguesa, óleo s/madeira, Mosteiro de São Vicente de Fora.


O dia mundial do livro é uma data para celebrar a leitura e a importância dos livros nas nossas vidas.

Neste dia, gostaríamos de destacar o livro "Muitas Cousas Nº14". Com o título As festas de casamento do Infante D. Duarte e D. Isabel de Bragança, da autoria de Andreia Fontenete Louro.

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📞 +351 268 980 659
✉️ info.pdvv@fcbraganca.pt

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