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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 19 de abril de 2023

DONA TERESA DE LEÃO, CONDESSA SOBERANA DE PORTUGAL


18 de Abril 1120: Dona Teresa de Leão, Condessa Soberana de Portugal, mãe de Dom Afonso Henrique, PORTUCALE REX PRIMUS, atribui Carta de Doação e Couto do burgo do Porto ao Bispo D. Hugo e seus sucessores...

Dona Teresa de Leão, Condessa Soberana de Portugal (Portucale), *1080 - †Póvoa de Lanhoso ou Mosteiro de Montederramo, 01.11.1130, era filha de Afonso VI, Rei de Castela (*1039 - †1109) e de Ximena Moniz (*1060 - †1128); Neta paterna de Fernando I o Magno, Rei de Leão e Castela (*1016 - †1065) e de Sancha, Infanta Herdeira de Leão (*1015 - †1067) e neta materna de Munio Moniz, Conde de Bierzo (*1030 - †1097) e de Muniadona (Velasquita?) Moniz (†1065).
Dona Teresa de Leão, Condessa Soberana de Portugal (em galaico-português: Tarasia ou Tareja de Portugal, mais conhecida em Portugal apenas por Dona Teresa foi Condessa de Portugal de 1112 a 1128.
Era Infanta do Reino de Leão e Condessa Soberana do Condado Portucalense, governando como Rainha. Esposa de Henrique de Borgonha, Conde de Portucale e mãe de Dom Afonso Henriques, fundador do Reino de Portugal e primeiro Rei de Portugal.
Casamento e Condado Portucalense:
Dona Teresa era filha ilegítima do Rei Afonso VI de Leão e Castela e de Ximena Moniz, uma nobre castelhana filha da Condessa Muniadona (Velasquita?) Moniz e de Munio Moniz de Bierzo, Conde de Bierzo. Viveu toda a infância na companhia da sua mãe e do seu avô materno, que a educaram, e da sua irmã Elvira.
Em 1093 Dona Teresa foi dada pelo seu pai em casamento a Henrique de Borgonha, um nobre francês que o tinha ajudado em muitas conquistas aos mouros. Dona Teresa tinha à data treze anos e Henrique vinte e quatro. Afonso VI doou-lhes então o Condado de Portucale, território entre o Minho e o Vouga que, a partir de 1096, se estenderia entre o Minho e o Tejo. Dom Henrique teve vários filhos, mas poucos sobreviveram: o único varão que chegou a adulto foi Dom Afonso Henriques, além das suas filhas UrracaSancha e Teresa Henriques.
Depois da morte de Dom Henrique, em 1112, Dona Teresa governou o condado como rainha, por direito próprio, sendo reconhecida como tal pelo Papa, pela sua irmã, Urraca de Leão e, posteriormente, por seu sobrinho Afonso VII de Leão.
A partir de 1117 assina como "Ego regina Taresia de Portugal regis Ildefonssis filia".
Conflito com o filho, Dom Afonso Henriques:
Atacadas pelas forças de sua meia-irmã, a Rainha Dona Urraca, as forças de Dona Teresa recuaram desde a margem esquerda do rio Minho, derrotadas e dispersas, até que Dona Teresa encerrou-se no Castelo de Lanhoso. Aí sofreu o cerco imposto por Dona Urraca em 1121. Em posição de inferioridade, Dona Teresa conseguiu ainda negociar o Tratado de Lanhoso, pelo qual salvou o seu governo do Condado Portucalense.
Em aliança com Dona Teresa, na revolta galaico-portuguesa contra Urraca, esteve D. Fernão Peres de Trava, Conde de Trastamara, da mais poderosa casa do Reino da Galiza. Os triunfos nas batalhas de Vilasobroso e Lanhoso selaram a aliança entre os Trava e Dona Teresa de Portugal. Fernão Peres de Trava, Conde de Trastamara, passou assim a governar o Porto e Coimbra e a firmar com Dona Teresa importantes disposições e documentos no Condado de Portugal. Com a morte de Dona Urraca, Fernão Peres de Trava tornou-se um grande aliado do Rei Afonso VII de Leão e Castela no Reino da Galiza. A aliança e ligação de Dona Teresa com o conde galego Fernão Peres de Trava, de quem teve quatro filhas, indispôs contra ela os nobres portucalenses e o seu próprio filho Dom Afonso Henriques.
Dona Teresa exercera a regência do Condado Portucalense durante a menoridade de Dom Afonso Henriques, mas em 1122, sob a orientação de Paio Mendes Arcebispo de Braga, Dom Afonso pretendeu assegurar o seu domínio no condado e armou-se cavaleiro em Zamora.
Em breve os interesses estratégicos de mãe e filho entraram em conflito. Em 1128, juntando os cavaleiros portugueses à sua causa contra Fernão Peres de Trava e Dona Teresa de Leão, Dom Afonso Henriques derrotou ambos na batalha de São Mamede, quando pretendiam tomar a soberania do espaço galaico-português, e assumiu o governo do condado.
Obrigada desse modo a deixar a governação, alguns autores defendem que foi detida pelo próprio filho no Castelo de Lanhoso ou exilou-se num convento na Póvoa de Lanhoso, onde veio a falecer, em 1130. Modernamente, depreende-se que após a batalha e já em fuga, Dona Teresa e o Conde Fernão Peres foram aprisionados e expulsos de Portugal. Dona Teresa teria falecido na Galiza, possivelmente no mosteiro de Montederramo que refundara em 1124, de acordo com um documento assinado em Allariz
Os seus restos mortais foram trazidos mais tarde, por ordem expressa do seu filho já Rei Dom Afonso I de Portugal, para a Sé de Braga, onde ainda hoje repousam junto ao túmulo de seu marido, o Conde Dom Henrique.
Descendência de Dona teresa:
Do seu casamento com Dom Henrique de Borgonha, Conde de Portugal, nasceram cinco filhos:
  • Dom Afonso Henriques (*1094)
  • Dom Henrique (*1106)
  • Dona Urraca Henriques, Infanta de Portugal (*1095), c.c. Bermudo Pérez de Trava
  • Dona Sancha Henriques, Infanta de Portugal (*1097), c.c. D. Sancho Nunes de Barbosa, Conde de Celanova, e c.c. D. Fernão Mendes, Senhor de Bragança
  • Dom Afonso Henriques, Rei de Portugal (*25.07.1109), c.c. Dona Mafalda de Sabóia, e c.c. D. Elvira Gualter, e c.c. D. Chamoa Gomes de Pombeiro 
  • Dona Teresa Henriques, Infanta de Portugal (*1098)
Da sua relação com Fernão Peres de Trava nasceram quatro filhas:
  • Dona Teresa Fernandez de Trava (*1120), c.c. Nuño Perez de Lara, e c.c. Fernando II, Rei de Leão
  • Dona Sancha Fernández, c.c. Alvar Rodriguez, Conde de Sarria
  • Dona Urraca Fernández de Trava, c.c. Joam Airas, Príncipe de Castela de Buval
  • Dona Maria Fernández, c.c. Ponce de Cabrera



(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, App.- Family Tree Maker 4.0, Arquivo Municipal de Ponte de Lima, GeneAll e Wikipédia)

HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro

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