Retratada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, esta cena importantíssima na história do Brasil foi o último acto da corte portuguesa de Dom João VI no Rio de Janeiro. Em 26 de abril de 1821, o rei de Portugal e do Brasil embarcava de volta para Lisboa.
Na viagem de retorno a Portugal, a comitiva de Dom João na volta a Portugal incluía cerca de 4.000 pessoas – um terço do total que o havia acompanhado na fuga para o Rio de Janeiro, treze anos antes. Conta-se que o rei embarcou chorando de emoção. Se dependesse apenas de sua vontade, ficaria no Brasil para sempre.
Nenhum outro período da história brasileira testemunhou mudanças tão profundas, decisivas e aceleradas quanto esses treze anos de permanência da corte no Rio de Janeiro. Em apenas uma década e meia, o Brasil deixou de ser uma colónia fechada e atrasada para se tornar um país independente.
Por essa razão, o historiador pernambucano Oliveira Lima definiu Dom João VI como “o verdadeiro fundador da nacionalidade brasileira”. Seriam duas as razões principais: assegurou a integridade territorial e deu início ao processo de independência, marcado pelo Grito do Ipiranga no ano seguinte.
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