O Marco de Touros é um padrão feito de Mármore chantado em 07 de Agosto de 1501 pelo Navegador Português Gaspar de Lemos em área que hoje se encontra a divisa dos municípios de São Miguel do Gostoso e Pedra Grande no litoral do Rio Grande do Norte. O objecto tinha a finalidade de atestar a metrópole como descobridora e detentora daquela terra que mais tarde se chamaria Brasil.
É considerado o monumento colonial mais antigo do Brasil é o primeiro registo dos portugueses no país, fazendo parte do Património Histórico Nacional, foi tombado pelo processo número 680 em 1962 com o objectivo de perpetuar a memória dos Brasileiros sobre o primeiro ponto da costa brasileira delimitado pelos portugueses.
Na “História do Rio Grande do Norte”, de Luís de Câmara Cascudo, lê-se o seguinte:
“No sábado, 2 de Maio de 1500, Pedro Álvares Cabral largou de Porto Seguro para as Índias e a nau dos mantimentos seguiu, voltando para Portugal, com o encargo de enunciar ao Rei o encontro da terra de Santa Cruz.
O comandante desta nau era Gaspar de Lemos. […] D. Manuel recebendo a notícia do encontro da terra do Brasil, assim chamado pela abundância e excelência dessa madeira, mandou uma expedição à região que Cabral tomar posse para a Coroa. Comandou essa armada, de três caravelas, Gaspar de Lemos e nela viajou o florentino Américo Vespúcio, depois Piloto-Mór de Castela. […] Gaspar de Lemos largou de Lisboa em maio e voltou em Setembro de 1501. Esta é a armada que chega ao Cabo de S. Roque (segundo o maior cômputo de probabilidades) e chantou o marco, ainda existente, na chamada PRAIA DOS MARCOS (5o 4′, latitude sul por 35o 48′ 30” de longitude W, meridiano de Greenwich”. […] Partindo, Gaspar de Lemos deixou um sinal de sua passagem como testemunha da posse d'el-rei de Portugal. Chantou um marco de pedra lioz, o mármore de Lisboa, tendo no primeiro terço a Cruz de Cristo em relevo, e abaixo as armas do Rei de Portugal, cinco escudetes em cruz com cinco besantes em santor sem a bordadura dos castelos. Já no mapa de João Teixeira, anterior a 1612, indica-se o lugar com o nome de “marco antigo”. Nenhuma outra expedição oficial tocou nas costas do Rio Grande do Norte, Nicolau Coelho em 1503, Cristóvão Jaques em 1516 e 1526, Martim Afonso de Souza em 1530″
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