Luís IX começou a ser rei aos 12 anos tendo a orientação da mãe, Branca de Castela, mulher piedosa, fina e enérgica.
O jovem rei inaugura o seu reinado pessoal em 1235, embora conservando a mãe ao lado. Era mesmo muito devoto praticando todo o tipo de penitências,
À meia-noite, o rei vestia-se para matinas na sua capela. Assistia em seguida pelo menos a uma Missa de defuntos e à Missa do dia cantada. O seu dia era ritmado por terça, sexta, noa. vésperas e completas. À noite, 50 Ave-Marias com genuflexões. Mesmo em viagens, continuava a rezar as Horas.
Os seus actos de caridade eram numerosos. No seu reinado construíram-se inúmeras casas para as arrependidas, os cegos e todos os doentes. Convidava os mendigos para a sua mesa, servia-os e comia o que eles deixavam. Visitava as leprosarias e gostava de cuidar dos leprosos mais repugnantes. Na Palestina, chegou a enterrar cadáveres. Era considerado por alguns piedoso em excesso, mas o rei sorria e dizia: «Prefiro que o excesso das grandes despesas que faço seja antes em esmolas por amor de Deus do que no luxo ou na vanglória do mundo».
Luís IX distinguia-se por ser honesto, recto e de enorme delicadeza. Sendo de extrema bondade era também muito firme e corajoso. No entanto, tinha um feitio imperioso e sabia decidir-se com vigor, sem deixar de atender aos conselhos úteis.
Para Luís IX, governar bem, era nada reter dos bens e dos direitos de outrem, manter os súbditos em paz e na rectidão, não guerrear contra cristãos fora da última necessidade, e apaziguar os dissentimentos. A sua vontade de justiça tornara-o ilustre; de todos os lados se recorria à sua arbitragem. Até o Sacro Império e a Sé Apostólica, o rei e os barões da Inglaterra, se submeteram ao seu julgamento.
Tomou parte na 7ª e 8ª Cruzadas e veio a morrer de tifo na última que se empreendeu. Faleceu a 25 de Agosto de 1270, ao desembarcar em Cartago. Tinha acabado de dizer aos enviados do príncipe de Tunes: «Desejo tão ardentemente a salvação da alma dele que eu consentiria em estar nas prisões dos Sarracenos toda a minha vida sem nunca ver o dia, contanto que ele e toda a sua gente se fizessem cristãos»
Para os franceses permanece o mais caridoso e mais cristão dos chefes. É um modelo de moderação para todos os guias de povos!
Foi canonizado em 1297, pelo papa Bonifácio VIII.
Fonte: Santos de Cada Dia – Editorial A.O. – Braga
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